Rio mais 20

Progresso também deve considerar sustentabilidade, diz coordenadora do FIB

postado em 19/06/2012 20:04

Rio de Janeiro - Para medir o progresso de um país, não basta o indicador do Produto Interno Bruto (PIB), que é a soma dos bens e serviços produzidos em uma nação, declarou nesta terça-feira (19/6) a antropóloga Susan Andrews, coordenadora do conceito da Felicidade Interna Bruta (FIB) no Brasil.

Ela participou de evento paralelo à Conferência das Nações Unidas sobre Desenvolvimento Sustentável, a Rio%2b20. O encontro discutiu parâmetros para o estabelecimento de um novo modelo de sociedade. ;O mundo está em um movimento de reavaliar o indicador de progresso;, disse à Agência Brasil.

[SAIBAMAIS]Susan declarou que o PIB não é um indicador apropriado para medir o progresso de um país. Um indicador abrangente, segundo ela, deve incluir três elementos: sustentabilidade, economia e felicidade. ;Tem que ter esses três aspectos;.

A Rio%2b20 representa, para a coordenadora do FIB no Brasil, o primeiro passo ;não só para os líderes de governo mas, sobretudo para as populações do mundo, perceberem que o sucesso de uma sociedade não pode ser medido somente pelo PIB. Precisamos de novos indicadores ecológicos e de bem-estar;.

Na sua avaliação, o FIB faz parte da nova análise do que é necessário para medir o progresso de uma nação. Susan acredita que os novos indicadores vão apontar na direção certa, porque ;valorizam mais o ser humano;.

Ela citou os exemplos dos Estados Unidos e da China, cujos PIB subiram, ;mas a felicidade baixou;. A economista ressaltou que em vários países do mundo, o PIB está crescendo. Em contrapartida, o grau de felicidade das populações está diminuindo. ;Para que serve o PIB então, se as populações estão menos felizes, além do fato de que estamos destruindo o planeta?;, indagou. ;Ninguém vai ficar feliz;, completou.

Para Susan Andrews, o mundo precisa de indicadores para medir a sustentabilidade e o bem-estar humano, junto com o indicador econômico apropriado. ;Esperamos que os líderes do mundo levem em conta isso na reuniões da [Rio%2b20];.

De acordo com a economista, mesmo que esses líderes globais não tenham perspicácia ainda para isso, o FIB já está sendo aplicado em níveis distrital e local em vários países, entre os quais o Brasil, em um movimento que, talvez, comece a ganhar intensidade ;de baixo para cima;.

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