postado em 21/06/2012 12:32
Um novo relatório do Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (PNUMA) revela que o mundo precisa dar atenção urgente à manutenção e ao incentivo dos fundamentos ecológicos que oferecem apoio à produção de alimentos. O texto diz que é dessa forma que se pode ajudar a garantir a segurança alimentar de uma população em expansão.O relatório, intitulado de Evitando a fome no futuro: Fortalecendo a base ecológica da segurança alimentar por meio de sistemas alimentares sustentáveis, aponta que a segurança alimentar deve envolver os serviços ambientais fornecidos pela natureza para que os sete bilhões de habitantes do planeta tenham o que comer; uma população que, segundo estimativas, deve chegar a nove bilhões em 2050.
[SAIBAMAIS]De acordo com o documento, estima-se que um terço da comida produzida para o consumo humano é perdido ou desperdiçado, somando 1,3 bilhões de toneladas anuais. Nesse sentido, o relatório pretende aumentar a consciência sobre esses cruciais aspectos ambientais, os quais têm sido prejudicados pela pesca predatória, o uso insustentável da água e outras atividades humanas. Ele Também molda o debate no contexto da economia verde, promovendo práticas de produção e de consumo de alimentos que assegurem a produtividade sem prejudicar os serviços do ecossistema.
"Esta é a primeira vez que a comunidade científica nos dá um quadro completo de como a base ecológica do nosso sistema alimentar não apenas é instável, mas também está sendo realmente prejudicada.", ressalta o cientista chefe do PNUMA, Joseph Alcamo.
Enquanto aponta os desafios atuais, o relatório oferece um caminho delineado para o estabelecimento dos fundamentos ecológicos e para o aprimoramento da segurança alimentar. Ele salienta também a informação de que enquanto a agricultura fornece 90% do consumo calórico total do mundo, a pesca mundial é responsável pelos outros 10%, esses setores de apoio à vida enfrentam muitas ameaças, todas exacerbadas por forças subjacentes como crescimento populacional, aumento de renda e mudanças de estilo de vida e de alimentação relacionadas à urbanização.
Com informações de Unic Brasil