Agência France-Presse
postado em 22/06/2012 18:15
Rio de Janeiro - A cúpula Rio%2b20 definirá a economia nos próximos 20 ou 30 anos, com um compromisso de luta contra a pobreza e uma mudança nos padrões de consumo e produção mundiais, afirmou André Correa do Lago, negociador do Brasil e líder dos acordos, como país anfitrião.[SAIBAMAIS]O acordo de 53 páginas, fechado pelos governos de 191 países, "é a definição da economia dos próximos 20 ou 30 anos: como resolveremos a economia, as prioridades sociais e ambientais", disse Correa do Lago.
"Os líderes do mundo se reuniram no Rio de Janeiro para dizer que a prioridade máxima do mundo é a erradicação da pobreza, e a segunda prioridade é uma mudança dos padrões de consumo e produção que sejam viáveis para um mundo que terá 9 bilhões de habitantes em 2050", afirmou.
"Os instrumentos para essa mudança radical na economia serão os Objetivos do Desenvolvimento Sustentável", lançados no documento e que são destinados a tornar obrigatórias a partir de 2015 as metas ambientais e sociais para todos os países, declarou.
Governos de 191 países, entre os quais chefes de Estado e de governo de cerca de 80 países, devem aprovar nesta sexta-feira um acordo que encaminha o mundo para uma economia verde respeitosa do meio ambiente e que contribua para a luta contra a pobreza, em um documento qualificado por ambientalistas e ONGs como pouco ambicioso e longe das necessidades do planeta.
Correa do Lago mostrou, no entanto, as manchetes que destacaram a falta de ambição após o encerramento da Rio-92, hoje considerada um marco na história do desenvolvimento sustentável.