Ser Sustentável

Projeto de faculdade particular reforma computadores para serem doados

Uma creche no Varjão foi a última beneficiada pelo projeto preocupado com o lixo eletrônico

postado em 07/06/2013 15:46
Uma iniciativa bem-sucedida é o projeto E-lixo, desenvolvido há quatro anos como uma extensão dos cursos de tecnologia por alunos e professores da Universidade Católica de Brasília. Graças a esse programa, os computadores obsoletos ou com defeito são reformados. Ganham peças funcionais e novos softwares. Em seguida, são doados para instituições cadastradas na universidade.

Uma creche no Varjão foi a última beneficiada pelo projeto preocupado com o lixo eletrônicoA última beneficiada foi uma creche do Varjão. Além da doação e do conserto de máquinas, os alunos ensinam as pessoas a mexerem nos equipamentos e promovem oficinas de 20 e 80 horas na Católica, com o intuito de aproximar aqueles que detêm conhecimento e aqueles que precisam dele.



;Percebemos que aluno aprende bem mais, executa o trabalho de montar, interage com a comunidade, ensina lá e percebe questões técnicas do que dá certo e o que não dá. A comunidade também se sente incluída;, explica a professora Janete Cardoso dos Santos, 44 anos, diretora de Programas de Extensão da Católica. ;Em relação às oficinas, tivemos um resultado muito positivo. Recebemos jovens que adquiriram noção básica e as ferramentas necessárias para angariar algo no mercado de trabalho mais tarde. Temos lista de espera enorme da comunidade interessada em fazer curso;, completa.

Marcelo Nascimento Silva Franco, 21 anos, estudante de engenharia ambiental, faz parte do projeto há um ano e meio. No segundo semestre de 2012, ele participou da entrega na creche do Varjão. ;A experiência de ver o sorriso da criança, de vê-la mexendo no computador é maravilhosa. Muitas não têm essa oportunidade;, avalia. ;Descobri que é possível a gente dar uma destinação correta para o lixo eletrônico;, acrescenta.

O jovem chegou ao curso sem muita experiência e aprendeu a montar um computador do zero. Teve de decorar as peças existentes na máquina . ;No início, eu senti dificuldade por só ter tido curso de informática no ensino médio;, lembra. "Um colega meu desmontou um HD e aí a gente apresentou aqui o trabalho. As pessoas não acreditavam o tanto de peça que tinha no HD e eu tive que aprender tudo isso;, completa. Marcelo também levou conhecimento adiante e ensinou senhoras, em oficinas, a usar a internet, a criar uma conta de e-mail e até a fazer perfil no Facebook. ;É muito gratificante, você vê que as pessoas querem aprender, só não sabem muito como;, conclui.

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