A contadora Renata Chaves, 26 anos, mudou de vida. Há um ano, pôs o tênis colorido e, desde então, já participou de noves corridas. Resultado: de 125kg, passou a ter 107kg, autoestima e confiança de que poderia fazer muito mais pelo próprio corpo. Foi mais longe e graduou-se nas aulas da arte marcial muay thai. A luta teve participação importante na nova rotina, graças aos chutes e socos que aprendeu. ;Estou feliz, mas ainda insatisfeita;, comenta. A meta é emagrecer mais 25 kg até o fim do ano.
As modalidades de luta têm feito sucesso entre as mulheres pela perda rápida de calorias e pelo alívio do estresse. O professor de Renata, Stevão Garcia, 29 anos, leciona a luta tailandesa muay thai há um ano e meio, e percebe o resultado rápido na aluna. ;Ela é muito dedicada;, diz. ;Essa arte trabalha bastante o sistema cardiovascular. É para todos, sem distinção de sexo ou idade;, recomenda.
Renata deu adeus às gordurinhas e dores nas articulações. ;Emagrecer não é complicado. O que preciso é perseverança. Se cair, levanto! A verdade é que o exercício físico é para toda a vida;, comenta. São muitas opções para quem quer seguir o exemplo de Renata. O jiu-jitsu e o muay thai são as lutas mais praticadas no Brasil, segundo pesquisa da agência de marketing esportivo e comunicação FightCom ; Comunicação Total.
No boxe, a participação feminina tem destaque, segundo Luciano Brito, presidente da Federação de Arte Marcial Chinesa e Cultural do DF e Entorno. ;Elas perceberam que, ao se integrar à arte marcial, o corpo muda;, diz. Esse esporte desenvolve a musculatura, deixa as pernas torneadas, define o abdome, queima as gorduras localizadas e levanta o bumbum. ;A presença das mulheres no ringue cresceu, em média, 35% nos últimos cinco anos;, diz.
Na aula de Christine Santos, 30 anos, de 20 alunos, seis são mulheres. ;E elas são muito boas, com níveis avançados na luta;, comenta. A servidora pública escolheu o boxe e em um ano perdeu 6kg. Há dois meses, passou no primeiro exame da luta e conta que está mais disposta e disciplinada. Brito acrescenta que a aula de boxe com duração de uma hora pode fazer o praticante perder de 700 a mil calorias. A indicação é praticar o exercício, ao menos, duas vezes por semana.
Fique atento
Para todos os tipos de luta, vale ter cuidados antes de entrar no tatame. Como, por exemplo, fazer uma avaliação médica para saber sobre batimentos cardíacos ou doenças no coração. É interessante realizar um checape para testar o condicionamento físico. A partir daí, o treinador capacitado vai traçar um plano de acordo com as possibilidades do aluno. Verifique se o orientador é credenciado pela Federação de arte marcial chinesa e cultural do DF ; se for chinesa, claro. São apenas 25 deles em todo o Distrito Federal, segundo Brito.