Jornal Correio Braziliense

Enem

Em live, professores de matemática recomendam resolução de exercícios na reta final

"É como ler para aprender português", comparou Paulo Luiz, docente do Sigma


No Correio Braziliense, o Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) já começou. A primeira edição do especial tem como tema a prova de matemática e suas tecnologias. O conteúdo matemático se estendeu às redes sociais, em live nesta segunda-feira (2), com Paulo Luiz e Gabriel Carvalho, professores do Centro Educacional Sigma. Para atravessar com sucesso as 45 questões de aritmética da prova, afirmam eles, é preciso entender a linguagem matemática e, para tanto, a melhor pedida é a resolução sistemática de questões. Na live, eles bateram papo com o apresentador Ígor Caíque e responderam o banco de questões disponibilizado pelo Correio.


;É como ler para aprender português;, comparou Paulo Luiz. ;Para criar vocabulário, o aluno deve ler muito. Em matemática, não é diferente: é preciso ler e resolver questões.; Desse modo, acredita o docente, o candidato se aproxima do cerne de suas dificuldades pessoais. ;Quanto mais exercícios fazemos, mais preparados ficamos. Durante a resolução, surgem as dúvidas. É nesse momento que você pode pegar aquele assunto e aprofundar-se nele.;

Conceitos básicos

Não vale, contudo, ir mais adiante e atropelar a matemática básica, que é essencial para o exame. ;Se o aluno quer aprender logaritmo, que é tido como um tema muito difícil, ele precisa, antes, aprender propriedade de potência, que é matéria do 7; ano do ensino fundamental. Se não fizer assim, gera um descompasso;, explica Paulo Luiz.

É nesse ponto, segundo Gabriel Carvalho, que o Enem se destaca dos demais vestibulares tradicionais. ;Nesse sentido, a prova do Enem é muito boa, porque outros vestibulares vão cobrar apenas a ponta final desse processo. O Enem não: o exame passa por tudo, do fácil ao médio e, depois, ao mais difícil;, diz.

Na estimativa de Carvalho, a média do exame é de 20 questões fáceis, 15 médias e 10 difíceis. ;Essas primeiras 20 envolvem boa interpretação de texto, mas não passam de metade da prova;, avalia.

Calculadora: nem pensar!

Ainda há tempo para tantas questões, garantem os professores. Gabriel Carvalho faz as contas: ;Está faltando 60 dias para o exame. Se o aluno fizer 10 questões por dia a partir daqui, dá 600 questões no total. Se considerarmos todos os blocos de disciplinas exigidas (humanas, exatas, matemática e linguagens), o estudante conseguirá fazer as três últimas provas inteirinhas.;

Neste momento, nada de calculadora, dispositivo vetado para os dois dias de exame. ;Esqueça! Ela não pode nem estar perto de você. Tudo tem que ser à mão;, afirma Paulo Luiz. Na data da aplicação do exame, o aluno terá cinco horas para realizar a prova de matemática e, ainda, a de ciências da natureza. São 90 questões ao todo. ;Não temos tempo de fazer conta durante a prova, então precisamos praticar para acelerar esse processo;, diz.

Paulo Luiz recomenda treinar esse tempo disponível, em simulados ou em casa, para não se perder na hora H. Assim, o candidato perceberá que não é possível manter-se ;engasgado; naquele item que o tira do sério. ;No dia da prova, não se apegue às questões. Não vale a pena fazer as mais difíceis e esquecer das outras;, afirma ele, lembrando do sistema de Teoria de Resposta ao Item (TRI), que é aplicado no Enem e privilegia a coerência das respostas.
Confira abaixo, na íntegra, a live com os professores do Sigma.
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