Enem

Em live, professores de matemática recomendam resolução de exercícios na reta final

"É como ler para aprender português", comparou Paulo Luiz, docente do Sigma

Jairo Macedo-Especial para o Correio
postado em 02/09/2019 17:03

No Correio Braziliense, o Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) já começou. A primeira edição do especial tem como tema a prova de matemática e suas tecnologias. O conteúdo matemático se estendeu às redes sociais, em live nesta segunda-feira (2), com Paulo Luiz e Gabriel Carvalho, professores do Centro Educacional Sigma. Para atravessar com sucesso as 45 questões de aritmética da prova, afirmam eles, é preciso entender a linguagem matemática e, para tanto, a melhor pedida é a resolução sistemática de questões. Na live, eles bateram papo com o apresentador Ígor Caíque e responderam o banco de questões disponibilizado pelo Correio.

Paulo Luiz (centro) e Gabriel Carvalho (dir.): foco na resolução de exercícios e entendimento da linguagem
;É como ler para aprender português;, comparou Paulo Luiz. ;Para criar vocabulário, o aluno deve ler muito. Em matemática, não é diferente: é preciso ler e resolver questões.; Desse modo, acredita o docente, o candidato se aproxima do cerne de suas dificuldades pessoais. ;Quanto mais exercícios fazemos, mais preparados ficamos. Durante a resolução, surgem as dúvidas. É nesse momento que você pode pegar aquele assunto e aprofundar-se nele.;

Conceitos básicos

Não vale, contudo, ir mais adiante e atropelar a matemática básica, que é essencial para o exame. ;Se o aluno quer aprender logaritmo, que é tido como um tema muito difícil, ele precisa, antes, aprender propriedade de potência, que é matéria do 7; ano do ensino fundamental. Se não fizer assim, gera um descompasso;, explica Paulo Luiz.

É nesse ponto, segundo Gabriel Carvalho, que o Enem se destaca dos demais vestibulares tradicionais. ;Nesse sentido, a prova do Enem é muito boa, porque outros vestibulares vão cobrar apenas a ponta final desse processo. O Enem não: o exame passa por tudo, do fácil ao médio e, depois, ao mais difícil;, diz.

Na estimativa de Carvalho, a média do exame é de 20 questões fáceis, 15 médias e 10 difíceis. ;Essas primeiras 20 envolvem boa interpretação de texto, mas não passam de metade da prova;, avalia.

Calculadora: nem pensar!

Ainda há tempo para tantas questões, garantem os professores. Gabriel Carvalho faz as contas: ;Está faltando 60 dias para o exame. Se o aluno fizer 10 questões por dia a partir daqui, dá 600 questões no total. Se considerarmos todos os blocos de disciplinas exigidas (humanas, exatas, matemática e linguagens), o estudante conseguirá fazer as três últimas provas inteirinhas.;

Neste momento, nada de calculadora, dispositivo vetado para os dois dias de exame. ;Esqueça! Ela não pode nem estar perto de você. Tudo tem que ser à mão;, afirma Paulo Luiz. Na data da aplicação do exame, o aluno terá cinco horas para realizar a prova de matemática e, ainda, a de ciências da natureza. São 90 questões ao todo. ;Não temos tempo de fazer conta durante a prova, então precisamos praticar para acelerar esse processo;, diz.

Paulo Luiz recomenda treinar esse tempo disponível, em simulados ou em casa, para não se perder na hora H. Assim, o candidato perceberá que não é possível manter-se ;engasgado; naquele item que o tira do sério. ;No dia da prova, não se apegue às questões. Não vale a pena fazer as mais difíceis e esquecer das outras;, afirma ele, lembrando do sistema de Teoria de Resposta ao Item (TRI), que é aplicado no Enem e privilegia a coerência das respostas.
Confira abaixo, na íntegra, a live com os professores do Sigma.
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