Eu, Estudante
postado em 09/12/2019 14:04
A aplicação do Exame Nacional do Ensino Médio 2019 (Enem) para pessoas que cumprem penas privativas de liberdade e sob medida socioeducativa (Enem PPL) será nesta terça e quarta-feira (10 e 11), homologadas em 1.228 instituições de todo Brasil. O Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep) recebeu 46.163 inscrições, sendo o mauior número do estado de São Paulo, com 15.832 inscritos.
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Os participante que já concluiram ou vão concluirá o ensino médio ainda no ano letivo de 2019 poderá usar o desempenho no exame para ingressar no ensino superior. Os demais poderão usar os resultados individuais somente para a autoavaliação de conhecimentos.
No ano passado, o exame foi aplicado para 41.044 participantes, quase cinco mil pessoas a menos do que em 2019. ;Isso revela o sucesso dessa iniciativa, possível pela parceria do Ministério da Educação (MEC) e do Inep com as secretarias estaduais de segurança pública, de administração penitenciária, de direitos humanos e de educação;, avaliou Alexandre Lopes, presidente do Inep.
O Enem PPL segue uma estrutura constituída de uma redação e quatro provas objetivas, cada uma com 45 questões de múltipla escolha. No primeiro dia do exame, serão aplicadas as provas de linguagens, códigos e suas tecnologias, redação e ciências humanas e suas tecnologias com duração de cinco horas e meia. Na quarta-feira (11), serão testados os conhecimentos dos candidatos nas disciplinas de ciências da natureza e matemática. A prova terá duração de cinco horas.
As unidades em que as provas serão feitas devem garantir o espaço, segurança e sigilo. A entrada dos aplicadores nos presídios e os procedimentos de aplicação serão auxiliados pelo Departamento Penitenciário Nacional (Depen). A Polícia Federal fica responsável pela escolta dos malotes de prova até o local e acompanhamento durante o exame.
Cada unidade prisional ou socioeducativa tem um responsável pedagógico com a função de acompanhar todos os trâmites do exame, desde a inscrição até o resultado, inclusive pleitear o acesso do participante no Sistema de Seleção Unificada (Sisu) ou em outros programa de educação superior.
É dever dele também determinar as salas de provas dos participantes; a transferência entre as unidades, quando necessário, dentro do prazo previsto; e excluir aqueles que tiverem sua liberdade decretada.