No DF, um exemplo de excelência é o Colégio Militar de Brasília (CMB), que ficou na 21; posição do ranking das melhores instituições públicas do país, com nota de 6,7. O resultado é bem superior à média nacional das escolas ; em torno de cinco pontos. O CMB foi ainda o único colégio público localizado no Distrito Federal listado entre os 500 melhores analisados pelo Sistema Nacional de Avaliação da Educação Básica (Saeb), do Ministério da Educação, no ano passado.
O chefe da Divisão de Ensino e subdiretor do CMB, coronel Samuel Horn Pureza, afirmou que o Ideb não é o foco principal do colégio. ;A avaliação não é um fim em si, é uma consequência de um trabalho feito diuturnamente;, afirma. O coronel ressalta que os bons índices em avaliações também são resultado do foco no ensino preparatório, que visa qualificar os alunos da melhor forma possível. ;Temos tido muitas felicidades em ver alunos em grandes universidades do Brasil e do exterior. Isso nos gratifica bastante e temos um arcabouço de atividades que contribuem para isso, como o estímulo à participação em olimpíadas. Todos acham o resultado maravilhoso, mas também sabemos dos problemas que temos e que podemos melhorar bastante;, diz. O CMB é administrado com recursos do Exército e não integra oficialmente a rede pública de ensino do Distrito Federal.
No Centro de Ensino Fundamental 104 Norte ; escola entre as 20 mais bem melhores colocadas do DF ;, os próprios estudantes enxergam que o sistema de ensino precisa evoluir. A aluna do 7; ano do CEF 104 Norte Jéssica Lopes, 12 anos, ressalta que, apesar de já ter ouvido que a escola brasileira é melhor que a de outros países, a instituição, para ela, está bem abaixo do esperado. ;Faltam novos métodos de ensino e até mais paciência e preocupação dos professores;, destaca. A colega de sala de Jéssica Ana Júlia dos Santos, 12, concorda. ;Falta um acompanhamento melhor. Os professores ensinam bem, mas, às vezes, é preciso mais atenção.; As meninas reconhecem, porém, que parte da culpa é dos próprios estudantes, que nem sempre estão interessados nos conteúdos ou prestando atenção às aulas.
Para o secretário de Educação do GDF, a reformulação da grade curricular e mais investimentos em educação de tempo integral são a solução para obter resultados mais consistentes. Segundo ele, os dados do Ideb 2011 refletem resultados de 2010, ano em que o DF trocou de secretário de Educação seis vezes. ;Em 2010, tivemos mais de uma vez a interrupção de questões pedagógicas, isso atrapalha a continuidade de políticas;, justifica. A expectativa do secretário para a próxima edição do Ideb, em 2013, é de um crescimento nos indicadores. ;Estamos investindo para isso, com capacitação de professores, além de programas específicos para melhorar o desempenho dos alunos;, garante.