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Secretarias estaduais e 5,2 mil municípios aderiram ao pacto nacional

Dados mostram que 15,2% das crianças brasileiras de até 8 anos não sabem ler, escrever nem realizar operações básicas de matemátca. Piores índices estão no Maranhão e em Alagoas

postado em 08/11/2012 14:11
O Ministério da Educação (MEC) lançou, nesta quinta-feira (8/11), o Pacto Nacional da Educação na Idade Certa. O compromisso, já firmado entre governo federal, governos estaduais e do Distrito Federal, e prefeituras prevê que todas as crianças estejam alfabetizadas até os 8 anos ao fim do terceiro ano do ensino fundamental. Todas as secretarias estaduais de educação e 5.270 municípios aderiram ao pacto.

Dados do MEC mostram que 15,2% das crianças brasileiras com essa idade não sabem ler, escrever nem realizar operações básicas de matemátca. Essa taxa chega a 34% no Maranhão e 35% em Alagoas, enquanto que no Paraná está em 4,9% e em Santa Catarina é de 5,1%. "Temos uma desigualdade muito grande, que também é a raiz da desigualdade social e regional no país", ressalta o ministro da Educação, Aloizio Mercadante.

O investimento do governo federal nos próximos dois anos será de R$ 2,7 bilhões. Um dos objetivos é evitar a futura reprovação de alunos. Segundo Mercadante, o impacto da reprovação de alunos em toda a educação básica vai de R$ 7 a R$ 9 bilhões.

[SAIBAMAIS]Segundo o secertário de Educação Básica da pasta, César Callegari, o objetivo é impedir que as crianças levem este deficit educacional para o resto de suas vidas. O pacto prevê a formação continuada de 360 mil professores alfabetizadores, com cursos de dois anos. O MEC também fornecerá o material necessário para garantir a cerca de 8 milhões de alunos o processo de alfabetização plena.

Serão distribuídos ainda 26,5 milhões de livros didáticos, 4,6 milhões de dicionários, 10,7 milhões de obras de literatura e 17,3 milhões de livros paradidáticos. As escolas realizarão periodicamente avaliações diagnósticas e Instituto Nacional de Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep) vai aferir no segundo e no terceiro ano do ensino fundamental o aprendizado dos estudantes.

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