postado em 14/12/2012 10:54
Projeto desenvolvido na Escola Municipal Professora Arlene Marques Almeida, em Campo Grande, Mato Grosso do Sul, obteve o primeiro lugar na Etapa Nacional da 6; Olimpíada Brasileira de Saúde e Meio Ambiente (Obsma), na modalidade projeto de ciências. Interdisciplinar, o projeto abrangeu também as disciplinas de língua portuguesa, língua inglesa, matemática, artes e informática.O projeto ; Sustentabilidade: Tema Motivador para a Inserção do Aluno no Mundo Letrado ; foi aplicado em 2011 em turmas do oitavo ano do ensino fundamental do turno vespertino. Os alunos envolvidos apresentavam dificuldade de compreensão, de estabelecer relação e fazer a interpretação de dados e de representação de informações para a tomada de decisões e enfrentamento de problemas.
;Os Parâmetros Curriculares Nacionais, documento que organiza o currículo, orienta que o professor, independentemente da sua área de formação, devem ter o texto como instrumento de trabalho;, diz a professora Marilyn Errobidarte de Matos, responsável pelo projeto. Ela argumenta que o texto deveria ocupar lugar de destaque no cotidiano escolar. Com o trabalho orientado para leitura, o aluno conseguiria apreender conceitos, apresentar informações novas, comparar pontos de vista e argumentar. ;Em um mundo no qual os textos estão por toda a parte, entender o que se lê é uma necessidade para poder participar plenamente da vida social;, destaca.
De acordo com o diretor pedagógico adjunto da escola, André Afonso Vilela, a comunidade escolar comemorou a premiação, que revela o bom trabalho realizado por todos. ;É o resultado da aposta em um ideal: a aprendizagem dos alunos;, ressalta. Há 12 anos no magistério, Vilela é graduado em filosofia e em história.
Marilyn atua no magistério há 20 anos, 16 dos quais como professora de ciências no ensino fundamental da rede municipal. Com licenciatura em biologia e mestrado em ensino de ciências, ela leciona no Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia de Mato Grosso do Sul (IFMS), onde ministra aulas de metodologia de pesquisa científica a alunos do curso superior de tecnólogo em sistemas para internet. ;Os projetos que desenvolvi sempre nasceram de uma necessidade da sala de aula, com temas escolhidos pelos alunos;, explica.
Tecnologias ; Apreciadora das tecnologias de informação e comunicação (TIC), Marilyn usa nas aulas recursos que incluem desde quadro-negro e giz até a metodologia de pesquisa orientada da web, a webquest. ;O interesse dos estudantes é despertado com atividades desafiadoras, com novidades, com tecnologias, com participação ativa;, afirma.
No período em que lecionou na rede municipal, a professora nunca trabalhou em escola que contasse com laboratórios. No entanto, isso não a impediu de desenvolver experimentos. ;O laboratório da biologia é a vida, e vida tem em todo ambiente;, afirma. ;Sempre desenvolvi experimentação com materiais do dia a dia, observação no jardim, na rua, na sala de aula.; Os professores, de acordo com Marilyn, contam com aliados muito significativos, como os vídeos disponíveis na internet. Outra opção são os objetos de aprendizagem. ;Existem vários simuladores de experimentos de laboratório;, enfatiza.
Desafios ; Também professor de ciências, com atuação em turmas do sétimo ao nono ano do ensino fundamental, Nivaldo Vitor de Albuquerque usa nas aulas conteúdo teórico e práticas diversificados, como recursos tecnológicos e de multimídia, além de cartazes, livros e peças de anatomia humana.
Para despertar o interesse dos estudantes pelas aulas de ciências, Albuquerque propõe atividades desafiadoras. ;Faço com que eles percebam a necessidade do conhecimento para o desenvolvimento pessoal e cultural;, explica o professor, que este ano desenvolveu projeto sobre leishmaniose tegumentar e visceral. Com licenciatura e bacharelado em ciências biológicas e especialização em planejamento e gestão ambiental, Albuquerque está no magistério há 17 anos.
A Olimpíada Brasileira de Saúde e Meio Ambiente é promovida pela Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), em parceria com a Associação Brasileira de Pós-Graduação em Saúde Coletiva (Abrasco). Realizada a cada dois anos, tem o objetivo de estimular o desenvolvimento de atividades interdisciplinares nas escolas públicas e particulares brasileiras.
Ascom MEC