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Estudantes brasileiros se preparam para feira de ciências nos EUA

Gustavo Aguiar
postado em 23/04/2013 15:30

Luis Eduardo Selbach, representante da Mostra Internacional de Ciência e Tecnologia (Mostratec), e Rubem Saldanha, da Intel Brasil, falam sobre a feira de ciências Intel Isef 2013.Com projetos ligados à ciência, tecnologia e outras áreas do conhecimento, 28 estudantes brasileiros do ensino médio foram selecionados para participar de uma das feiras de ciências mais importantes do mundo no segmento pré-universitário.

A Feira Internacional de Ciência e Engenharia da Intel () reunirá mais de 1,6 mil estudantes de mais de 40 países entre 14 e 18 de maio, em Phoenix, Arizona, nos Estados Unidos. Na competição, estão em jogo US$ 4 milhões em bolsas de estudos e prêmios.

Os projetos selecionados para representar o Brasil ajudam a resolver problemas que a ciência se questiona há anos. Os projetos abordam questões como pesquisas sobre o aquecimento global e fontes alternativas de combustível, inovações em engenharia resultando na melhoria da funcionalidade robótica, estradas mais seguras e avanços em medicina.

Eles foram selecionados por se destacarem durante duas maiores feiras pré-universitárias do Brasil: a Feira Brasileira de Ciências e Engenharia (Febrace) de São Paulo e a Mostra Internacional de Ciência e Tecnologia (Mostratec) de Porto Alegre (RS).

Incentivo indispensável
Para Rubem Saldanha, gerente de educação da Intel do Brasil, o estímulo à curiosidade pela ciência entre jovens do ensino médio é essencial para o desenvolvimento do país. "Os jovens trazem para a academia o interesse de resolver problemas muito específicos que estão ligados à sua realidade. O ganho é uma atividade acadêmica muito mais diversificada."

Os estudantes selecionados são do Amapá, Minas Gerais, Mato Grosso do Sul, Sergipe, Santa Catarina, Pernambuco e São Paulo. Nos Estados Unidos, os alunos apresentarão os projetos de pesquisa em stands que serão avaliados por juízes ligados às instituições de fomento à educação e à produção científica do país norte-americano.

A expectativa é de repetir o sucesso de 2010, quando o país obteve um número recorde de vencedores:foram 19 prêmios e duas menções honrosas, o que colocou o país como o terceiro colocado no ranking geral, atrás apenas dos Estados Unidos e da China.

Lugar de destaque

No ano passado, a delegação brasileira conquistou oito prêmios e uma menção honrosa. Entre os projetos que se destacaram está um de reaproveitamento de garrafas PET, e outro que descobriu as potencialidades farmacológicas de componentes presentes na teia das aranhas.

O grande vencedor dafeira foi o norte-americano Jack Thomas Andraka, de 15 anos, que criou um sensor de papel capaz de detectar tumores de pâncreas, de ovário e de pulmões em apenas cinco minutos e antes que eles se tornem invasivos. Pelo projeto, o gênio da ciência levou a bolada de US$ 75 mil, além de sete premiações acadêmicas.


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