postado em 31/10/2013 15:00
O aplicativo para tablet Livox (Liberdade em Voz Alta), como equipamento de apoio à comunicação de pessoas com deficiências físicas, motoras ou cognitivas nas escolas públicas do país. A reivindicação foi encaminhada ao ministro da Educação, Aloizio Mercadante, pelo vice-presidente da Comissão de Direitos Humanos e Legislação Participativa (CDH), senador João Capiberibe (PSB-AP), nesta quinta-feira (31), ao final de audiência pública sobre políticas de inclusão e combate ao preconceito no ambiente escolar.O Livox foi desenvolvido pelo analista de sistemas Carlos Edmar Pereira para permitir a comunicação com sua filha, Clara, de 6 anos, que tem paralisia cerebral decorrente de erro médico no parto. Segundo revelou, ela é um dos 15 milhões de brasileiros que não falam. Foi para essa parcela da população ; e também para pessoas privadas da comunicação oral por problemas de saúde (câncer, derrame) ; que o software surgiu como uma nova perspectiva de comunicação alternativa.
; Estou dando voz não só a minha filha. É uma chance de quebrar a barreira do silêncio, visando uma vida mais feliz para milhares de pessoas com deficiência ; comentou Pereira, realçando as realizações buscadas por quem usa o sistema: "alegre-me, simplifique a minha vida, faça eu me sentir capaz".
Funcionamento
O aplicativo é ativado com o toque na tela do tablet sobre cerca de 14 mil figuras. Como algumas deficiências motoras impedem um toque preciso, o Livox dispõe de um recurso que corrige eventuais excessos e, assim, decodifica a real intenção do usuário. Também é possível redigir frases, narradas em sequência pelo equipamento.
Produzido com tecnologia 100% brasileira, o Livox pode não só ser customizado conforme as características e necessidades do usuário, como também ser traduzido em 25 idiomas. Uma das novas versões em desenvolvimento, segundo adiantou Carlos Pereira, é o Livox Capta, acionado a partir do movimento dos olhos.