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DF precisará contratar mais de 16,8 mil professores até 2030

Estudo da Codeplan mostra ainda que será preciso criar 570 mil vagas para estudantes em todos os níveis de ensino

postado em 02/01/2014 17:33

O Distrito Federal precisará contratar mais de 16,8 mil professores para atender a demanda da rede pública de ensino até 2030, de acordo com estudo da Companhia de Planejamento do Distrito Federal (Codeplan). A pesquisa inclui as projeções demográficas para 2030 no DF e área metropolitana e os impactos na educação, saúde, transporte, emprego e infraestrutura urbana.

Na parte de educação, o estudo analisou todos os níveis de ensino: educação infantil e ensinos fundamental, médio, profissional e superior. O objetivo do governo é que, a partir dos dados, seja possível planejar ações para reduzir os impactos do aumento da população.

Para 2030, o estudo prevê atendimento de 100% dos estudantes dos ensinos infantil, fundamental e médio e a ampliação do atendimento do ensino profissional de 10% para 50% e do nível superior de 53,7% para 75%. Para isso, será necessária a criação de 577.185 vagas para estudantes e a contratação de 16.883 professores.

Educação básica
Hoje, o DF tem , com um total de 1.686 crianças matriculadas, segundo os dados do último Censo Escolar, e somente uma delas recebe crianças com idade inferior a três anos. Para ampliar o atendimento a esta faixa etária, o GDF prevê a construção de 112 creches. De Dessas, 43 começaram a ser erguidas este ano, outras três estão em fase de contratação de obra, 13 em licitação e quatro em fase de confecção de projetos. De acordo com o governo, as 49 restantes serão construídas por uma nova metodologia, que permite a entrega após três meses do início da obra.

A hipótese sugerida pela Codeplan pressupõe que, em 2030, o DF alcançará a situação ideal, ou seja, todas as crianças de 0 a 5 anos passarão a frequentar a pré-escola. Para atender as crianças, o DF deverá criar mais 178,9 mil vagas e contratar mais de 9,5 mil professores de educação infantil.

"A Secretaria de Educação está implementando políticas que promovam a democratização da gestão e do acesso, inclusão e permanência dos estudantes com qualidade no sistema de ensino. Pretendemos universalizar o atendimento (da educação infantil) até 2020. Já universalizamos o atendimento nos ensinos fundamental e médio", afirmou o subsecretário de Planejamento, Acompanhamento e Avaliação Educacional da Secretaria de Educação do DF, Fábio Sousa.

O número de alunos em 2012 matriculados no ensino fundamental é maior do que a quantidade de crianças de 6 a 14 anos que moram no DF. Isso sinaliza que a cidade comporta um número expressivo de estudantes que moram em outros municípios e de crianças que estudam fora da série recomendada para a idade. Nesse nível, a quantidade de escolas públicas (526) é maior que a de escolas privadas (311).

O ensino fundamental em tempo integral atendeu apenas 3,7% das crianças, sendo 83,3% em estabelecimentos da rede pública. Em 2030, cerca de 70% das crianças na faixa de 6 a 14 anos estarão na escola integral, o que significaria a necessidade de aproximadamente 258 mil novas matrículas.

O ensino médio atendeu 76,7% dos jovens de 15 a 17 anos em 2012, o que corresponde a mais de 111 mil estudantes. Em 2030, a estimativa é de que haverá redução de 6,9 mil jovens nessa faixa etária. Mesmo com a redução de adolescentes, o DF deverá criar 26,9 mil matrículas e mais 1,7 mil vagas para professores. Com isso, a expectativa do governo é de que sejam atendidos 100% desses jovens.

Educação profissional e superior
Em 2012, apenas 10% do público estava matriculado no ensino profissional. As instituições públicas federais representaram 19,6% das vagas, 24,6% são da rede pública distrital e a rede privada foi a responsável por 55,8% do total. Segundo o estudo, 50% dos jovens na faixa de 15 a 17 anos estarão na educação profissional em 2030, o que implicará 69,3 mil novas matrículas e a contratação de 3.120 professores.

Para a faixa etária de 18 a 24 anos, estima-se um aumento de 4,2 mil jovens matriculados no ensino superior. Em 2012, 53,7% dos jovens nessa faixa etária cursavam esse nível. A pesquisa prevê um aumento desse percentual para 75% em 2030, o que significaria a necessidade de mais de 79 mil novas matrículas e a contratação de 3.888 professores.

Reprovação
Outro estudo,, sobre a educação básica, mostrou que 632 das 1.108 escolas do DF são administradas pelo governo distrital, enquanto 466 são privadas e 10 são públicas federais. Ceilândia foi a cidade com maior concentração de instituições, com 94 escolas. A pesquisa revela ainda que, em 2011, a taxa de reprovação no ensino fundamental era de 10,8% do total de alunos matriculados. No ensino médio, era de 18,5%.


A média da taxa de distorção idade-série foi de 17, 3% para o ensino fundamental e de 28% para o ensino médio. Nas escolas do governo distrital, as taxas sobem para 21,7% no ensino fundamental e para 35,5% no ensino médio. Na rede privada, a taxa era de 4,4% e 7,1% para os ensinos fundamental e médio, repectivamente.

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