Até o sol resolveu aparecer para deixar o sábado mais bonito e alegre. Pela manhã, os sorrisos já começavam desde a entrada do Centro Olímpico de Ceilândia, no Parque da Vaquejada, no primeiro contato com a Festa do Circo, na bilheteria.Um palhaço recebia a comunidade com abraços e boas-vindas ao picadeiro. A partir dali, alunos, pais, irmãos, tios, primos, avós e amigos eram contaminados pelo espírito circense. Os olhos brilhavam ao ver cada novidade. Músicas infantis davam o tom. Balões e pirulitos coloriam a cena, assim como as pinturas de rosto. Para registrar o momento tão especial do projeto Esporte e Cidadania, uma realização em parceria entre a Fundação Assis Chateaubriand e a Secretaria de Esporte, a cabine de fotos instantâneas foi uma das atrações mais disputadas.
Mais adiante, mágicos ensinavam vários truques com cartas, varetas, caixinhas de fósforo e barbantes. E as crianças escolhiam um kit com o que mais gostaram. Os alunos e irmãos Luan, 12 anos, Lara, 10, e Larissa, 7, filhos da dona de casa Aleques Sandra Ferreira, 42 anos, ficaram animados e mal podiam esperar a hora de mostrar as mágicas ao pai e aos amigos. ;É uma boa forma de tirar as crianças da rua e ensinar coisas novas;, comentou a mãe.
O momento mais esperado da festa foi a apresentação dos estudantes que participaram do curso de atividades circenses no último mês. Os cerca de 1.200 presentes abriram a roda e pararam tudo o que faziam para prestigiar as performances de malabarismo, acrobacias em solo eemtecido. A auxiliar de cozinha Irene Pereira da Silva, 48 anos, ficou emocionada ao ver as filhas Nicole, 8, e Ilária da Silva Borges, 11, subindo no tecido e fazendo movimentos que imitavam um pássaro. Ela contou que veio do Piauí há pouco tempo e nunca teve a oportunidade de levar as filhas a um circo. ;Elas estavam ansiosas para vir. O curso foi muito bom, principalmente para o desenvolvimento da Ilária, que tem uma deficiência mental;, destacou.
No Centro Olímpico de São Sebastião, também houve aulas e apresentação de uma outra técnica, a de acrobacias em esculturas de bambu. O espetáculo foi realizado ontem à tarde. Para a instrutora Roberta Martins, o resultado foi gratificante. ;Os alunos aprenderam a conhecer o próprio corpo, a desafiar os próprios limites e a saber que, com poucos recursos e tempo curto, conseguem fazer algo muito belo.; A aluna Gabrielly da Silva, 12 anos, fez bonito para o público. ;Fiquei muito nervosa, mas feliz de ter uma experiência nova.;
De acordo com a superintendente executiva da Fundação Assis Chateaubriand, Mariana Borges, oferecer oportunidades como o curso de atividades circenses e a festa do circo é uma maneira de aproximar as comunidades e trabalhar valores importantes para a formação integral dos alunos. ;Além das atividades esportivas regulares, buscamos levar aos quatro centros olímpicos que atendemos outros conhecimentos que são importantes para a vida.;
O sucesso da iniciativa já é visto com entusiasmo pela Secretaria de Esporte do DF. ;Podemos ver claramente como as crianças conseguem ter uma percepção diferente e queremos estudar a viabilidade de ampliarmos para os demais centros;, destacou o secretário adjunto, Paulo Silva. Hoje, a Festa do Circo segue nos centros olímpicos de Riacho Fundo 1, das 9h às 13h, e de Samambaia, das 14h às 18h.
; Acrobacias, malabarismo, mágicas, bate-papo sobre a história do circo e muito mais
; Evento aberto a alunos dos Centros Olímpicos, amigos e familiares
Hoje
; Das 9h às 13h
Centro Olímpico de Riacho Fundo 1
; Das 14h às 18h
Centro Olímpico de Samambaia
Informações: www.facbrasil.org.br e
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