postado em 30/12/2014 15:45
O DF é a primeira unidade da federação a receber o selo "Território Livre do Analfabetismo". O título, concedido pelo Ministério da Educação, aponta Brasília com o menor índice de analfabetismo no Brasil, apenas 2,03% da população ainda não sabe ler e escrever. Na capital, mais de 20 mil alunos foram formados pelo Programa DF Alfabetizado, criado por esta gestão, e pela Educação de Jovens e Adultos (EJA)."O selo é uma conquista de toda a sociedade. Ele não só fortalece os programas de governo na área, como lança o desafio para buscarmos sempre melhores resultados, para levar escolarização a pessoas que em sua trajetória de vida interromperam os estudos ou nem tiveram acesso a ele", conta a coordenadora de Educação de Jovens e Adultos da Secretaria de Educação do DF, Leila Maria de Jesus.
Segundo o censo do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o selo é uma homenagem às localidades que atingem 96% de alfabetização. O estudo feito pelo Instituto revela que o DF tem 96,5% dos seus moradores acima de 15 anos alfabetizados. Dados mais atualizados da Codeplan mostram aumento de 1,4% nesse percentual.
O Programa DF alfabetizado foi implantado em 2012 nos territórios de maior vulnerabilidade social e, posteriormente, ampliado para todo o DF. Dentre as medidas pela erradicação do analfabetismo, adotadas pelo GDF, foi a criação de uma bolsa complementar para os alfabetizadores e alfabetizadores-coordenadores de turmas, no valor de 400 reais.
A iniciativa é uma ação feita em parceria com o Programa Brasil Alfabetizado (PBA) do Ministério da Educação. A medida integra ainda o plano pela superação da extrema pobreza, o DF sem Miséria. Para o ano de 2014, o GDF assegurou o pagamento da Bolsa Alfabetização (Bolsa Alfa), no valor de 30 reais mensais destinados aos integrantes das famílias beneficiárias do Programa Bolsa Família, que estão em processo de alfabetização.
Turmas alfabetizadas
"Hoje tenho orgulho de dizer que sei ler e escrever. Vou ao banco, sei assinar meu nome, consigo pegar ônibus. Quando estou em casa até pego um livro para ler. Me sinto um cidadão. Nunca é tarde para aprender", conta o carpinteiro Francisco Ezequiel Duarte, 65 anos.
Seu Francisco faz parte do grupo de 20 mil alunos formados pelos programas de alfabetização do GDF. Ele lembra que já foi "passado para trás", na hora de pegar ônibus por não saber ler e escrever. "Agora eu sei me virar sozinho nas tarefas simples do dia a dia", comemora.
Ao final do curso, a Secretaria de Educação entrega aos adultos um certificado e uma carta de conclusão, que possibilita a matrícula na rede pública de ensino para que os alunos deem Certificação nacional reconhece Brasília como a unidade da Federação continuidade aos estudos.