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Escolas precárias

postado em 09/01/2015 10:53
O Correio percorreu ontem algumas escolas da rede pública e identificou situações que pesaram na decisão do GDF em adiar o início do ano letivo para 23 de fevereiro, ou seja, depois do carnaval. Além do mato alto, foi possível notar fiação exposta e infiltração. De acordo com o novo governo, há ainda a necessidade de realizar melhorias como pinturas, aquisição de mobília e reposição de carteiras.

No Centro Educacional Caseb (909 Sul), das seis alas onde ficam as salas de aula, duas foram interditadas pela Defesa Civil no ano passado. A sensação é de abandono. Além da terra, por causa dos alagamentos, a reportagem encontrou paredes e tetos mofados. Nos corredores, a fiação elétrica está aparente. No refeitório, a direção usou uma parte do dinheiro de 2014 para reformar e trocar o piso. O cenário é parecido no Centro Educacional Gisno (907 Norte), que atende quase 2 mil alunos. O matagal toma a lateral da biblioteca. Nos corredores, paredes pichadas, infiltrações, mofo e goteiras.

Para o vendedor Maurício Sampaio, 47 anos, não será possível fazer todas as reformas necessárias em um mês. ;Infelizmente, é uma conta do governo passado. A cidade está um caos;, avaliou. Ontem, ele e a mulher, Rúbia Ramos dos Santos Silva, 47 anos, fizeram a matrícula do filho, Fábio Hendrix, de 14 anos, no Caseb, mas estavam preocupados com o adiamento das aulas. ;Por enquanto, estamos de férias. Mas, depois, vou precisar deixar na casa da minha mãe;, contou a mãe.

De acordo com assessoria de Comunicação do GDF, a Secretaria de Educação não tem uma lista prioritária. Todas as reformas ocorrerão simultaneamente. A previsão é de que comecem assim que o dinheiro do Programa de Descentralização Administrativa e Financeira (Pdaf) for liberado, provavelmente no fim da próxima semana. São 180 colégios em situação crítica, com necessidade de melhorias estruturais. Outras têm problemas mais simples, como falhas nos sistemas elétrico e hidráulico e mato alto. (RP)

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