A Câmara Legislativa se comprometeu a votar o remanejamento de fundos assim que o Palácio do Buriti enviar o projeto. Durante audiência pública para discutir os problemas da educação, na tarde de ontem, os parlamentares garantiram que apreciarão a proposta assim que ela for encaminhada formalmente, seja hoje, seja no fim de semana. A presidente da Casa, Celina Leão (PDT), disse que pode convocar uma sessão extraordinária quando for necessário. ;A ideia é entrar a próxima semana com a situação resolvida. Depende do governo mandar para cá;, explicou. Os servidores da educação deram a entender que, se não houver uma solução até hoje, as categorias entrarão em greve geral.
A oposição criticou a demora do GDF em encaminhar a proposta de remanejamento. ;O governador Rodrigo Rollemberg poderia ter feito isso há dois meses. Ele tem prerrogativa para isso. Não precisaria ter deixado chegar a esse ponto. Precisamos parar com essa discussão sobre o que é culpa de quem e resolver os problemas da cidade;, reclamou o petista Chico Leite. Chico Vigilante alfinetou que a mesma proposta havia sido feita pela bancada do PT há duas semanas. ;Esse governo é lento nas ações;, provocou o distrital.
Ameaça
Presente para explicar a situação da pasta, o secretário Júlio Gregório foi vaiado em várias oportunidades pelos servidores que ocupavam as galerias e o plenário da Casa. Ele disse que a crise veio da gestão passada. ;Estamos fazendo o que é possível, mas faltam recursos;, resumiu. Vigilante trouxe números que tentam provar que o governo tem recursos em caixa. ;Não paga porque não quer. Ele poderia achar um caminho;, disse.
Alheios à disputa entre os governos passado e o atual, as categorias querem respostas sobre os salários e os benefícios atrasados desde o fim de 2014, ainda no governo Agnelo Queiroz (PT). ;Tudo será decidido em assembleia (hoje, às 14h, na praça em frente ao Palácio do Buriti), é claro. Isso é soberano. Mas tenho certeza de que, se o GDF não apresentar um projeto que nos atenda de fato até amanhã (hoje), iremos entrar em greve geral;, ameaçou o diretor do Sindicato dos Professores (Sinpro) Washington Dourado.