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Atraso no salário dos professores da Uneb

postado em 08/05/2015 12:56
A faculdade tem cerca de 500 alunos matriculados: 70% são bolsistasOs professores da faculdade União Educacional de Brasília (Uneb) estão sem salário há pelo menos três meses. Os cerca de 40 docentes não receberam ainda o 13; de 2014 e o Fundo de Garantia por Tempo de Serviço (FGTS) não é recolhido desde 2005. Mesmo sendo funcionários de uma instituição privada, parte dos docentes decidiu entrar de greve. De acordo com o Sindicato do Professores da Entidades de Ensino Particulares do Distrito Federal (Sinproep) a situação é crítica. ;Estamos preocupados. A instituição foi despejada do prédio onde estava, no Setor de Rádio e TV Norte, e agora não paga os salários;, lamenta o diretor da entidade, Antônio Sérgio Lima Aragão.

A assessoria da direção atendeu a reportagem do Correio e confirmou a dívida. O assessor da mantenedora, Marcelino Federal, informou que, em uma negociação com os educadores, foi possível minimizar o movimento grevista. ;Vamos pagar o salário de abril na segunda-feira. Os outros, pagaremos quando tivermos disponibilidade financeira;, afirmou. Quanto ao FGTS, Marcelino informou que existe um Termo de Ajustamento de Conduta no Ministério Público do Trabalho para negociar o pagamento. ;Ainda estamos em prazo de negociação;, garantiu.

Segundo Marcelino, somente dois docentes paralisaram as atividades, mas Aragão, do sindicato, enfatiza que somente 15 professores estão em sala de aula presencial. ;Eles tiraram algumas disciplinas presenciais e migraram para o que chamam de tutoria. O aluno não precisa ir à faculdade, o material é liberado e, depois, os estudantes fazem uma prova. São 40 horas para essas disciplinas e os professores só recebem por quatro horas;, afirma Aragão.

De acordo com o sindicalista, há docentes que trabalham somente na Uneb e não têm condições de parar as atividades. ;Eles não podem perder o emprego, mas estão passando por problemas financeiros;, afirmou. Cerca de 500 estudantes estão matriculados na Uneb para cursos nas áreas de gestão e tecnologia, como contabilidade e administração. Eles pagam mensalidades que variam de R$ 300 a R$ 800, mas 70% é bolsista. A faculdade mantém ainda pós-graduação e cursos a distância. Ao conversar com a reportagem, Marcelino afirmou que a advogada da Uneb entraria em contato com o Correio, mas isso não aconteceu até o fechamento desta edição. A reportagem também tentou ouvir o Ministério da Educação sobre o problema da instituição, mas sem sucesso.

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