[SAIBAMAIS] Nesta quinta-feira (28), professores de universidades federais de todo o país entram em indicativo de greve contra cortes de orçamento na educação. O Sindicato Nacional dos Docentes do Ensino Superior (Andes) aprovou a proposta de deflagração de greve em 16 de junho. Eles instauraram um comando de greve na manhã desta quinta-feira e, às 15h, divulgaram uma relação de 18 instituições de 12 estados que já tinham aderido ao movimento. Em diversas outras universidades, como a Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS) e a Universidade de Brasília (UnB), os funcionários técnico-administrativos se recusam a trabalhar. Segundo a Federação de Sindicatos de Trabalhadores Técnico-Administrativos em Instituições de Ensino Superior Públicas do Brasil (Fasubra), a maioria dos trabalhadores da categoria realizaram assembleias nesta quinta-feira (28) e deflagraram processo grevista. Em vários estados, está definida a participação de entidades de base nas atividades do Dia Nacional de Paralisação, chamado pelas centrais sindicais para esta sexta-feira (29).
Contexto da UnB
Na Universidade de Brasília, os técnicos-administrativos e servidores estão de braços cruzados. Os trabalhadores pedem melhores condições de trabalho e aumento salarial. Ao meio-dia, um grupo com cerca de 30 servidores proestou no câmpus Darcy Ribeiro. Os manifestantes saíram do ICC Sul em direção ao ICC Norte e pediam apoio dos estudantes ao movimento. Alunos que estavam no local afirmam que os trabalhadores ameaçaram invadir a Reitoria.
Os professores da UnB ainda não decidiram se vão aderir à greve. De acordo com o presidente da Associação dos Docentes da UnB (ADUnB), Vadim Arsky, haverá uma reunião de representantes na próxima quarta-feira (3) e uma assembleia geral em 10 de junho. "Não sabemos a opinião dos docentes sobre a greve. Para isso, vamos utilizar um modelo de pesquisa eletrônicoa antes da reunião geral", explica. "Nos solidarizamos com as reivindicações dos servidores porque estamos tendo uma diminuição de funcionários com a saída dos terceirizados. Com isso, os servidores terão uma carga de trabalho maior", disse.
Segundo o coordenador geral do Sindicato dos Trabalhadores da Universidade de Brasília, Mauro Mendes, cerca de 80% dos 3 mil servidores da instituição devem aderir ao movimento. Apesar da estimativa, Mendes garante que serviços considerados essenciais serão mantidos. ;Decidimos, em assembleia, que nos hospitais Universitário e Veterinário, no setor de pagamento e segurança e nos laboratórios onde são desenvolvidas pesquisas com plantas e animais serão mantidos 30% dos trabalhadores atuando. Mas na Biblioteca, na Prefeitura e em serviços de atendimento ao aluno, as atividades será 100% paralisadas, já que não são serviços essencias."
As principais reivindicações da categoria são aumento salarial de 27,3% e reajuste no valor do tíquete alimentação, que hoje é de R$ 373. "Os participantse do movimento são contra a paridade entre os salários de aposentados e ativos, a privatização dos hospitais universitários e o corte no repasse financeiro das universidades públicas;, informa o coordenador.
Confira a lista de universidades que aderiram à greve até as 15h desta quinta-feira (23), de acordo com a Andes:
Universidade Federal do Acre | Universidade Federal de Alagoas |
Universidade Federal do Amapá | Universidade Federal de Sergipe |
Universidade Federal Rural da Amazônia | Universidade Federal da Paraíba |
Universidade Federal do Pará | Universidade Federal do Oeste da Bahia |
Universidade Federal do Sul e Sudeste do Pará | Universidade Federal do Mato Grosso |
Universidade Federal de Rondônia | Universidade Federal do Mato Grosso - Rondonópolis |
Instituto Federal do Piauí | Universidade Federal da Grande Dourados |
Universidade Federal Rural do Semiárido | Universidade Federal de Tocantins |
Universidade Federal de Campina Grande - Patos | Universidade Federal Fluminense |
Contrários
Segundo a Federação de Sindicatos de Professores de Instituições Federais de Ensino Superior e de Ensino Básico, Técnico e Tecnológico (Proifes-Federação), 20 instituições de ensino superior rejeitaram o indicativo de greve. A entidade é contra o movimento e aguarda contraproposta do Ministério do Planejamento, até julho, para avaliar se a base indicará greve no ensino superior público.
Confira a lista de universidades que não aderiram à greve, de acordo com a Proifes-Federação:
Universidade Federal do Rio Grande do Norte | |
Universidade Federal do Rio Grande do Sul | |
Instituto Federal Sudeste de Minas | |
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