Devido a grandes polêmicas atuais sobre as questões religiosas dentro de escolas, o Sindicato dos Estabelecimentos Particulares de Ensino do Distrito Federal (Sinepe/DF) se reuniu, na quarta-feira (17), com representantes de escolas afiliadas, para obter um posicionamento do presidente do órgão, Alvaro Domingues, sobre a questão.
;É necessário ter cautela e evitar autoritarismo por parte da escola e de lideranças religiosas;, afirmou o presidente. Para ele, ainda que questões jurídicas assegurem direitos, durante conflitos como o da menina que foi apedrejada no domingo (14) no Rio de Janeiro por ser adepta ao candomblé, pais, alunos e escola estão na linha de frente da discussão, e isso se reflete na sociedade.
;É necessário trabalhar dentro das escolas a tolerância, para que o aluno possa viver sua religião e sexualidade sem ser discriminado ou perseguido;, finalizou Alvaro na 3; Assembleia Geral Ordinária deste ano.
Intolerância
A estudante Kailane Campos, 11 anos, foi agredida no domingo (14) no subúrbio do Rio. A menina foi atingida com uma pedra na cabeça quando ia a um centro espiritualista. Depois da pedrada, ela e a avó Katia Marinho, foram agredidas verbalmente, na terça-feira (17), por um homem que xingou as duas.
A avó da criança lançou uma campanha nas redes sociais e tirou fotos segurando um cartaz com as frases: ;Eu visto branco, branco da paz. Sou do candomblé, e você?;. A campanha recebeu o apoio de amigos e pessoas que defendem a liberdade religiosa. A família da menina está organizando um ato de protesto para domingo (21) na Vila da Penha, bairro onde ocorreu o ataque.