postado em 23/06/2015 14:15
[SAIBAMAIS]Docentes de universidades federais estão reunidos em frente ao Ministério da Educação (MEC) na tarde desta terça-feira (23). Os professores fazem vigília durante reunião entre representantes do Sindicato Nacional dos Docentes de Instituições de Ensino Superior (Andes-SN) e da Secretaria de Educação Superior (Sesu) do Ministério da Educação (MEC).
;Esse é um momento em que o ajuste fiscal retira recursos da universidade e coincide com a nossa campanha salarial. O governo tem adiado respostas à nossa pauta e realizado cortes na educação. O pagamento de terceirizadas, a assistência estudantil e diversos programas estão sofrendo com cortes;, afirmou Paulo Rizzo, diretor da Andes.
Os manifestantes começaram a se reunir no local às 13h30, com cartazes e caixas de som para apresentar uma música sobre a situação das universidades públicas. A canção, chamada Xote da greve, tem trechos como ;Não posso mais comprar, o dinheiro já não dá / A pátria está morrendo, não dá para educar / Por isso a greve é forte, e devemos lutar / Para que o governo queira negociar;. Alguns vigilantes do ministério tentaram retirar os manifestantes do local no início do ato.
De acordo com levantamento do Andes-SN divulgado no último sábado (20), professores de 35 instituições públicas de ensino superior deflagraram greve. Os docentes reivindicam reestruturação da carreira, reajuste salarial e fim dos cortes na educação pública nacional. Segundo Carlos Magno, coordenador geral do Sindicato Nacional dos Servidores Federais da Educação Básica, Profissional e Tecnológica (Sinasefe), a cateogoria estuda iniciar paralisação no próximo mês. O orgão fará reunião no próximo fim de semana para decidir sobre a adesão ao movimento. Entre os servidores técnico-administrativos das federais, a greve já chega a 65 instituições, de acordo com a Federação de Sindicatos de Trabalhadores Técnico-Administrativos em Instituições de Ensino Superior Públicas do Brasil (Fasubra).
Indignação
A professora aposentada da Universidade de Brasília (UnB) Maria Auxiliadora César, 69 anos, foi à manifestação para reivindicar melhores condições para docentes na aposentadoria. "Sempre conseguimos algo com greve. Está chegando um momento em que a luta aponta para isso. Vou para a luta porque penso no geral, na educação. Tenho filhos que ganham mais do que eu em cargos de nível médio. Nosso salário é muito defasado", disse.