Hoje é dia de voltar a acordar cedo e separar a mochila, o uniforme e os cadernos. Nesta segunda-feira, cerca de 200 mil alunos voltam às aulas na rede privada de ensino do Distrito Federal, de acordo com o Sindicato dos Estabelecimentos Particulares de Ensino do DF (Sinepe). Para orientar pais e estudantes, o Batalhão de Policiamento Escolar da Polícia Militar (BPEsc) deslocou 120 policiais militares, além do apoio das unidades de cada região administrativa. A equipe vai aproveitar o retorno do semestre letivo para lançar um novo modelo de policiamento: o comando móvel escolar. Na rede pública, o retorno será em 3 de agosto.
A ideia é colocar à disposição das instituições de ensino uma base móvel, uma viatura e duas motos. ;Nas escolas onde formos solicitamos, com esse novo modelo, vamos ajudar nos problemas no interior e ao redor dos colégios e intensificar as ações nas imediações das escolas;, explicou o comandante do BPEsc, tenente-coronel Júlio Cesar de Oliveira. O lançamento do programa será amanhã, no colégio Marista da 609 Sul. No local, também haverá um teatro para orientar as crianças e adolescentes a atravessar a faixa de pedestres.
Os militares também estarão presentes em Ceilândia, Sobradinho e Gama com a blitz escolar. Em conjunto com o Batalhão de Trânsito da PM (BPTran), os policiais pretendem orientar os pais e responsáveis sobre a importância do uso do cinto de segurança e da cadeirinha para as crianças menores de 10 anos, além de informar e conversar com os motoristas de transporte escolar.
Atenção
Depois de um primeiro semestre com feriados, o segundo tempo letivo requer mais atenção e cuidado tanto dos alunos como dos pais. ;Pela nossa experiência, muitos pais, infelizmente, deixam para a última hora para dar um reforço para o filho, para ir até a escola, para monitorar o primeiro semestre. Não pode. Tem que marcar em cima e colocar rotina desde o início do ano;, comenta Luis Claudio Megiorin, presidente da Associação de Pais e Alunos das Instituições de Ensino do DF (Aspa).
Como o conteúdo das disciplinas é intensificado no decorrer do ano, é importante nesse retorno avaliar o desempenho no primeiro semestre. ;Não adianta chegar ao fim do ano e se mover por conta da recuperação, por exemplo;, completa Luis Claudio. O estudante do segundo ano do ensino médio do Galois, Daniel Segalovitch, 16 anos, já fez a nova rotina de estudos, focando, principalmente, nas provas do Programa de Avaliação Seriada da Universidade de Brasília (PAS/UnB) e do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem).
Daniel aproveitou as quase quatro semanas de férias para descansar e viajar com a família, mas também aprender. Ele e outros colegas participaram de uma simulação das Organizações das Nações Unidas (ONU) em São Paulo. ;O pessoal da nossa delegação ganhou até menção honrosa. Depois, fui para o Chile com meus pais e, nesta última semana, aproveitei para ajeitar o horário e começar a dormir mais cedo;, conta.
Motivado pelo retorno do ano letivo, o Sinepe, em parceria com o Sebrae, vai promover, amanhã, um encontro de gestão educacional com gestores e professores. O tema da reunião é eficiência e inovação em gestão educacional com foco em pedagogia e na qualidade do serviço prestado.
Contratação após denúncia
Foi publicado ontem, em redes sociais, um anúncio de vagas de diretora e de coordenadora pedagógica para trabalharem na escola particular de Águas Claras onde professoras foram filmadas supostamente maltratando alunos de 3 e 5 anos. No entanto, a instituição não confirma a informação. Há um mês, um novo diretor assumiu a instituição. De acordo com o informativo publicado no site do colégio, o retorno do ano letivo foi adiado de 22 para 27 de julho, com o objetivo de ampliar o tempo da jornada pedagógica da equipe docente. De 29 a 31 de julho, a escola promoverá encontro com os pais de alunos para mostrar o novo padrão de gestão administrativa e pedagógica.
SAIBA MAIS ;
Ajuda para alunos surdos
Em 3 de agosto, o Batalhão de Policiamento Escolar da Polícia Militar (BPEsc) do DF vai lançar um serviço exclusivo para surdos. Eles estão cadastrando os estudantes com deficiência auditiva em um celular que ficará na sede da unidade. O aluno poderá se comunicar com os policiais para solicitar qualquer tipo de ajuda. De acordo com o comandante, tenente-coronel Júlio Cesar de Oliveira, 40 policiais participaram de um curso de capacitação na Língua Brasileira de Sinais (Libras) para integrar o serviço.