postado em 28/10/2015 16:02
Durante a tarde desta quarta-feira (28), professores grevistas organizararam um piquetaço para paralizar as atividades das escolas da rede pública do Plano Piloto.
;Queremos retirar os professores e os alunos de sala para conversar com eles e fazer mais pessoas aderirem à greve. O objetivo é mostrar para a sociedade porque estamos lutando;, diz Cláudia Bullos, 48 anos, diretora do Sindicato dos Professores do Distrito Federal (Sinpro-DF). Gabriel Magno, 29, também diretor do sindicato, afirma que ;o governo está demonstrando um desrespeito enorme e não quer negociar conosco;. Segundo Magno, o piquetaço será feito de forma pacífica ;para iniciar uma negociação; com o governador Rodrigo Rollemberg.
Os professores se dividiram em dois grupos - um seguiu para a Asa Sul e outro para Asa Norte. A primeira parada do lado Sul foi no Centro Educacional Caseb, da 910 Sul. Os grevistas se reuniram no estacionamento e entraram na escola, fazendo barulho com gritos, apitos e vuvuzelas, além de bater nas portas da sala.
O grupo foi informado que o colégio não estava tendo aula por conta de um torneio interescolar. Os docentes então seguiram para o ginásio e entraram com muito barulho e agitação. Grande parte dos alunos ficou revoltada, porque eles estavam ;atrapalhando a festa;. Os estudantes proferiram ofensas e gestos obscenos contra os invasores, chegando até a insultar a profissão.
Apesar do desgosto e da agitação de alguns alunos, a entrada no ginásio ocorreu sem grandes problemas. A confusão começou quando um grupo pequeno de professores tentou entrar na quadra de esportes. Os alunos partiram para cima, em forma de ameaça, começaram a empurrar os professores e xingá-los. O ocorrido teria acabado em agressão física, não fosse a intervenção de professores e policiais.
Mesmo com a tentativa de impedir a briga, os estudantes enxotaram os grevistas para fora do ginásio e chegaram a quebrar a porta. A confusão não parou até o momento em que os professores começaram a se retirar do colégio. Uma estudante, identificada como T., era uma das criadoras de confusão e chegou a declarar que queria matar os professores. ;Não vou quietar [sic] enquanto essas desgraças não saírem do meu colégio;, disse ainda.
Depois do alvoroço, os professores seguiram para o Colégio Elefante Branco, na 908 Sul.