Em assembleia em frente ao Palácio do Buriti na manhã desta sexta-feira (30), os quatro mil professores reunidos decidiram pela manutenção da greve, que já dura 15 dias. Segundo o Sindicato dos Professores do DF, o Sinpro, além da discussão sobre a continuidade ou não da greve, o ato tinha como objetivo debater sobre a ação da Polícia Militar, que há dois dias utilizou bombas de efeito moral, spray de pimenta e tiros de borracha contra professores que manifestavam no Eixão.
O protestou encerrou por volta do meio dia. Segundo a Polícia Militar, o trânsito ficou intenso no local por conta do deslocamento dos docentes, mas não houve confusão. A PM não informou sobre o efetivo presente no local.
[SAIBAMAIS]
Novos atos estão previstos para a próxima semana. De acordo com o diretor do Sinpro-DF Claudio Antunes, haverá assembleias na terça-feira nas regiões administrativas e no Buriti durante a quarta-feira. O representante do sindicato disse ainda que a greve não é apenas por reajuste salarial. Jornada ampliada, reajuste do ticket de alimentação, pagamento da tabela salarial são outras reinvindicações da categoria.
"A greve se dá por dignidade, o professor está sendo massacrado na legislação com o governo tentando tirar diversos direitos. Não estamos pedindo algo novo, isso já estava na lei, queremos que as leis sejam cumpridas", afirma Antunes.
A Casa Civil informou que o secretário Sérgio Sampaio convidou ontem (29) os grevistas o diálogo, com intuito de mostrar a situação do caixa do governo, mas os representantes dos professores não compareceram. "A Casa Civil mantém abertas as trativas, mas não se pode avançar além do que já foi acordado até o momento. Os servidores merecem os reajustes, mas não há recursos para este ano", comunicou por nota.