Professores e orientadores educacionais da rede pública de ensino do DF decidiram, durante assembleia realizada na manhã desta segunda-feira (9), continuar a greve, que já dura 26 dias. Segundo contagem da Polícia Militar, cerca de 500 representantes da categoria estiveram presentes no ato. Ao final da votação, os grevistas seguiram ao Ministério Público do Distrito Federal para questionar uma orientação apresentada pelo órgão ao governo, de que fossem descontados os dias paralisados. Nesse momento, houve interdição do Eixo Monumental sentido rodoviária do Plano Piloto.
[SAIBAMAIS]"A greve é vitoriosa do ponto de vista político, porque conseguimos fortalecer a categoria e que o governador apresentasse uma proposta. Isso porque significa que estamos no rumo certo e que a nossa resitência deve continuar. Avaliamos que alguns itens são positivos, mas não podemos concordar com o item financeiro. Foi o governador que nos apontou para esta greve e, portanto, é ele quem deve apontar a saída", afirmou a diretora do Sinpro-DF e vice-presidente da CUT Brasília, Meg Guimarães.
A manifestação contou com a presença de cerca de 15 representantes da Assembleia Nacional dos Estudantes Livres (Anel). Os estudantes seguravam cartazes e tambores em ato de apoio à categoria e com o objetivo de reivindicar os direitos dos estudantes. Manifestantes da Central Única dos Trabalhadores (CUT) e da União Brasileira de Estudantes Secundaristas (Ubes) também estavam no local. ;Viemos apoiar a resistência, a luta e a firmeza em todos os momentos. Continuaremos firmes na luta;, declarou a vice-presidente da CUT, Carmem Foro, nos primeiros momentos da assembleia. Alguns professores não conseguiram chegar no local a tempo, uma vez que as rodovias BR-020, BR-040 e BR-060 foram fechadas, das 6h às 7h da manhã, pela CUT, em apoio aos grevistas.
Desde a última assembleia, realizada na última quarta-feira (4), não foram feitas reuniões com o governo porque os sindicalistas estavam se reunindo com as regionais de ensino. A retomada das negociações com o governo está prevista para esta terça-feira (10).
Corte dos dias parados
Após a manifestação, um grupo de professores seguiu para o Ministério Público do Distrito Federal e Terrítórios (MPDFT) para negociar o desconto dos dias parados da categoria. O não pagamento destes dias foi uma orientação da Promotoria de Justiça de Defesa da Educação (ProEduc) ao governo. Segundo os professores, caso a decisão seja acatada, o ano terminará sem que o período letivo seja cumprido integralmente.
Uma comissão so Sinpro-DF deve ser atendida por representantes da ProEduc na tarde hoje ou na manhã de terça (10)