Nathália Cardim
postado em 11/11/2015 13:12
Quebra-quebra, vandalismo e confrontos marcaram a assembleia dos professores na manhã desta quarta-feira (11/11), na Praça do Buriti ; que se transformou em uma manifestação de protesto contra o governo. No meio da manhã, eles votaram pela continuidade da greve e fizeram questão de fazê-lo de costas para a sede do Executivo. A paralisação da categoria dura quase 30 dias.
Além de bloquear todas as faixas do Eixo Monumental em frente ao Buriti e marchar pelo local, os professores invadiram o gramado em frente ao palácio, quando foram contidos por policiais militares que jogaram spray de pimenta contra os manifestantes. O deputado distrital Wasny de Roure (PT) acabou atingido por um dos jatos.
Cercas em frente ao local foram arrastadas para a pista e danificadas. Na entrada do prédio, vidros também foram quebrados. Os manifestantes negam terem arremessado objetos contra a sede do Governo do Distrito Federal (GDF).
Cerca de 5 mil profissionais participaram do ato, segundo informações do sindicato da categoria. A Polícia Militar, no entanto, fala em 1,5 mil servidores. O Batalhão de Choque da PM foi acionado. Cerca de 80 militares estão no local. O grupo reivindica, entre outras questões, o pagamento dos últimos reajustes aprovados em 2013.
Paralelamente, 40 professores ocupam o corredor de acesso ao gabinete da Câmara Legislativa do DF (CLDF) e fazem greve de fome. A mobilização acontece em protesto às propostas apresentadas pelo governo, durante reunião realizada ontem, na tentativa de cessar a greve. Leia mais no CB Poder.
O diretor do Sindicato dos Professores do DF (Sinpro-DF) Cléber Soares esclareceu que diante do posicionamento do GDF em descontar os dias parados da categoria, a greve permanece. ;Sendo assim, o ano letivo não vai acabar e a responsabilidade é do governador;, justificou.
Por volta de 13h, os professores continuavam em frente ao Buriti, onde, inclusive, alguns almoçavam. Uma reunião com integrantes do governo, deputados distritais e representantes da categoria, que teve início por volta de 13h terminou às 13h40. O GDF sinalizou que irá recuar em algumas propostas e um encontro entre os representantes do sindicato e o governador Rodrigo Rollemberg foi marcado para as 19h30.
Por volta das 14h, os professores começaram caminhada até a Câmara Legislativa para dar apoio aos docentes que iniciaram a greve de fome. Por volta das 14h15, o Eixo Monumental foi desobstruído. Às 14h25, a presidente da Câmara Legislativa, Celina Leão, autorizou a entrada dos manifestantes, que estavam no corredor, na sala de reuniões.