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Poesia ilustrada é um dos temas de projetos em escola do DF

postado em 24/11/2015 12:46

Há seis anos à frente de uma sala de recursos para estudantes com deficiência intelectual, física e autismo, a professora Dilma Inês Lucas da Silva desenvolve projeto pedagógico com bons resultados. Os alunos têm como tarefa ilustrar poemas lidos nas aulas. ;Leio para os alunos, e eles dizem o que entenderam;, diz. ;Os que sabem ler, leem sozinhos; depois, todos fazem ilustrações relacionadas aos temas abordados nas poesias.; No projeto, Eu Escrevo, Tu Ilustras e Nós Poetizamos, Dilma Inês usa poesias escritas por ela mesma.

Participam do projeto, na Escola-Classe 614, em Samambaia, região administrativa do Distrito Federal, 12 alunos, de 6 a 15 anos de idade. Eles frequentam classes regulares em diferentes turmas do primeiro ao quinto ano do ensino fundamental e são atendidos por Dilma Inês no período do contraturno.

O projeto foi apresentado na exposição da Semana Nacional de Ciência e Tecnologia, realizada em Brasília, em outubro último. Os trabalhos dos estudantes foram expostos ao público. ;Eles ficam felizes quando os trabalhos são vistos por outras pessoas;, diz a professora. ;Saber que os trabalhos serão expostos motiva os alunos a participar.;

Além disso, Dilma Inês afirma que a exposição dos trabalhos ajuda as pessoas a entender que os alunos especiais também podem compreender a linguagem poética, se forem orientados para isso. ;É importante mostrar que alunos especiais também são capazes;, defende. Com graduação em psicologia e pós-graduação em desenvolvimento humano e educação inclusiva, ela está no magistério há 30 anos.

A Escola-Classe 614 de Samambaia participa regularmente das exposições da Semana Nacional de Ciência e Tecnologia e de outros eventos similares. ;A participação é importante porque o aluno sente que é parte do conhecimento e percebe o significado da aprendizagem;, salienta a diretora da instituição, Julimar Urany Camargo. ;Além de uma aprendizagem significativa, proporciona o despertar para novos conhecimentos.; Formada em pedagogia, com pós-graduação em administração escolar, ela está no magistério há 28 anos, 14 dos quais na direção.

Interesse ; Outro projeto apresentado pela escola foi o de um guindaste hidráulico, desenvolvido pela professora Margarete Jaira dos Santos Barroso com alunos do terceiro ano do ensino fundamental. A ideia surgiu em um dia de muito calor, quando os alunos foram autorizados a usar uma mangueira de água para se refrescar. ;O movimento da mangueira ocasionado pela força da água despertou o interesse geral;, revela Margarete, que aproveitou a curiosidade dos alunos para criar o projeto.

Os estudantes tiveram oportunidade de testar o funcionamento de um protótipo de guindaste a partir do uso de água, pura ou com adição de outras substâncias e em diferentes temperaturas. As experiências prosseguiram até a conclusão sobre qual delas daria melhores resultados.

A partir dali, a professora trabalhou o tema em disciplinas como língua portuguesa, matemática e educação artística. Na primeira, os alunos fizeram pesquisas bibliográficas sobre o assunto; em matemática, trabalhos sobre sistema de medidas; na última, produziram material de divulgação para uma feira cultural.

Com graduação em pedagogia, há 20 anos no magistério, Margarete sempre participa de exposições e feiras, mas pela primeira vez esteve na Semana Nacional de Ciência e Tecnologia. ;O aprendizado é contínuo e não acontece apenas no ambiente escolar, mas em todos os ambientes que a criança frequenta;, destaca.

Margarete salienta que depois de um projeto bem estruturado, com todas as etapas concluídas, o aluno passa a ter uma nova maneira de pensar. ;Isso ampliará seus horizontes, contribuirá para seu amadurecimento e despertará o sentimento de compromisso em colaborar com a sociedade em que vive;, avalia.

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