postado em 28/01/2016 08:50
Com o início do ano letivo, os estudantes já devem começar a traçar uma estratégia de estudos para alcançar o objetivo no fim do ano, principalmente se a meta é ser selecionado para instituição pública de ensino superior ou para bolsas do governo em instituições privadas. Segundo especialistas, é importante conhecer a prova antes para focar a preparação em uma delas, seja o Programa de Avaliação Seriada da Universidade de Brasília (PAS/UnB), seja o Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) ou outros vestibulares.
;O estudante precisa se conhecer, saber o que ele quer, e sistematizar o que tem necessidade de aprender;, resume Solange Petrosino, gerente de Serviços Educacionais da Editora Moderna. Uma boa forma de avaliar o que ainda precisa aprender é por meio de simulados feitas na própria escola ou testes on-line. No caso do Enem, a articulação dos conteúdos exige ainda um domínio mais amplo do conhecimento. ;Uma dica legal para quem está estudando autonomamente é ter acesso à maior diversidade possível de textos e conhecimentos em diferentes linguagens, como vídeos, filmes e noticiários, e sempre procurar relacionar isso com a realidade.;
Outro ponto importante é a prática constante, conforme lembra Caio Carvalho, gerente de Operações do Missão Universitário, plataforma de preparação para o Enem e vestibulares. ;Não existe fórmula pronta, mas há algumas premissas básicas, a exemplo do treino diário. Essa periodicidade faz com que o assunto se mantenha sempre fresco;, indica. A sugestão de Caio, que também foi aprovado este ano para o curso de filosofia da Universidade Federal Paulista (Unifesp), é estudar no contraturno os mesmos temas vistos em sala e reservar uma ou duas horas para praticar.
Essa foi a estratégia adotada por Matheus de Souza Depieri, 18 anos. No ano passado, incluiu na rotina cerca de quatro de horas diárias de estudo além do tempo em sala de aula e, a um mês do Enem, se concentrou nos exercícios. Ele resolveu todos os passados em 2015 e também as apostilas do ano anterior. O esforço foi recompensado e Matheus tirou 980 na redação e 954,7 na prova de matemática. ;Neste ano, a questão foi realmente muito treino, ler muito e, principalmente, se informar;, detalha.
No texto, Matheus citou pensadores como Émile Durkheim e contextualizou as raízes históricas da desigualdade de gênero que levam à violência como mulher, tema da redação deste ano. Apesar do bom resultado no exame nacional, a boa notícia veio antes, com a aprovação pelo PAS no segundo lugar do curso de direito da UnB. Antes de começar o semestre, no entanto, ele passará cinco dias em uma simulação da Organização das Nações Unidas (ONU) em Harvard, interesse que começou durante o ensino médio e que contribui para o desenvolvimento da capacidade argumentativa do estudante.
"O estudante precisa se conhecer, saber o que ele quer, e sistematizar o que tem necessidade de aprender;
Solange Petrosino,
gerente de Serviços Educacionais da Editora Moderna
; PROUNI
SEGUNDA CHAMADA
O MEC divulgou esta semana a primeira chamada do Programa Universidade para Todos (ProUni), que oferece bolsas integrais e parciais em instituições privadas de ensino superior. Os selecionados precisam comprovar as informações apresentadas no momento da inscrição até a próxima segunda-feira. Quem não conseguiu garantir uma das mais de 203 mil bolsas ofertadas ainda tem a chance da segunda chamada, que sairá em 12 de fevereiro na página siteprouni.mec.gov.br. Depois disso, ainda pode se inscrever na lista de espera, entre os dias 26 e 29 do próximo mês.
; ESTUDO
CUIDADOS COM A VISÃO
Os problemas de visão estão entre as principais causas de rendimento escolar ruim e costumam ocasionar dores de cabeça que atrapalham o planejamento dos estudos. A médica oftalmologista Dorotéia Matsuura, do Hospital Oftalmológico de Brasília (HOB), explica que, para quem está no ensino médio, é importante perceber em que momentos a dor ocorre. Se é durante a aula ou pesquisas no computador ou em tablets, por exemplo, é provável que o estudante tenha algum problema oftalmológico, como a miopia ; dificuldade de enxergar longe ;, a hipermetropia ; dificuldade de focar objetos próximos ; e o astigmatismo ; visão borrada e pouco nítida. A solução é procurar o oftalmologista já no início do ano letivo. Ele indicará a receita para óculos ou lente de contato e, depois dos 18 anos, se o grau se estabilizar, ainda a possibilidade de operar o olho. ;Se o adolescente não tem sintomas, só precisa consultar o médico de dois em dois anos, pois existem algumas doenças silenciosas;, finaliza Dorotéia.
; PAS
CHANCE APÓS A REPROVAÇÃO
O Programa de Avaliação Seriada (PAS) da UnB é um marco para os estudantes que cursam o ensino médio em Brasília e que pretendem concorrer a uma vaga na instituição federal, já que a periodicidade do exame permite que o aluno estude apenas o conteúdo daquele ano. Mas o que acontece com o aluno que reprova, ele pode tentar novamente? Se o candidato repetir o 3; ano, não. No entanto, os que não forem aprovados no 1; ano podem se inscrever no ano seguinte no subprograma correspondente a essa série. O mesmo vale para os reprovados no 2; ano, mas eles perdem parte da pontuação obtida na etapa anterior.
; FIES
INSCRIÇÃO ATÉ AMANHÃ
Também termina amanhã o prazo para se inscrever no Fundo de Financiamento Estudantil (Fies) e concorrer a uma das 250.279 financiamentos para cursos em instituições privadas. É preciso ter feito a prova do Enem a partir da edição de 2010 e ter obtido média igual ou superior a 450 pontos, além de não ter zerado a redação. É necessário comprovar renda familiar bruta per capita de até dois salários mínimos e meio. O resultado da pré-seleção sai na próxima segunda-feira. Confira no site fiesselecao.mec.gov.br.
; SISU
ÚLTIMOS DIAS
Os estudantes que buscam uma vaga em instituições públicas, inclusive a Universidade de Brasília (UnB), têm a última chance de participar do Sistema de Seleção Unificada (Sisu), que recebe, até amanhã, inscrições para a lista de espera, pelo site sisu.mec.gov.br. A convocação ocorrerá em 4 de fevereiro. O MEC promete lançar Sisu das vagas remanescentes. A expectativa é preencher mais de 100 mil vagas ociosas nas universidades públicas.