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BID incentiva políticas públicas focadas na primeira infância

O banco realizou pesquisa com países latino-americanos e concluiu que é preciso investir na qualidade das interações entre crianças e os adultos que as cercam

postado em 15/03/2016 15:59
O Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID) lançou relatório sobre programas para a primeira infância na América Latina e no Caribe, concluindo que eles carecem de fundos suficientes e não se concentram em buscar a qualidade de suas políticas públicas. A pesquisa afirma ainda que investimentos na área poderiam render grandes benefícios para o desenvolvimento dos países.

Intitulado "Os primeiros anos: o bem-estar infantil e o papel das políticas públicas", o livro propõe um aumento de gastos nos primeiros anos da vida de uma criança, mas não incentiva que o foco do investimento seja em infraestrutura. O relatório explica que o mais importante é a redefinição, por parte dos governos, dos projetos de intervenção na primeira infância, colocando ênfase em mais programas que melhorem a qualidade das interações entre adultos, pais, professores, profissionais de creches e as crianças.

Segundo o BID, o número de crianças que se encontravam abaixo da linha de pobreza caiu de 41%, em 2000, para 22%, em 2013, mas, ainda assim, para cada dólar que se investe em crianças de até cinco anos, investem-se três dólares em crianças de seis a 11 anos. O gasto nos serviços e programas para a primeira infância representa menos de 6% do gasto social total, que inclui educação, saúde, moradia e proteção social. Isso resulta, ainda de acordo com o banco, em sérios atrasos cognitivos e de linguagem: aos cinco anos, os filhos de mães com baixo nível educacional reconhecem menos da metade das palavras que as reconhecidas por crianças cujas mães alcançaram um grau maior de instrução.

Outro fator prejudicial é a imagem do educador que se concentra na primeira infância, considerado um profissional de menor nível dentro da profissão docente. Muitos países sofrem de escassez de educadores qualificados para a primeira infância nas áreas mais pobres, justamente os lugares onde os resultados de suas capacidades poderiam ser sentidas com mais contundência.

Acesse aqui para ler o relatório completo

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