postado em 15/03/2016 19:22
A Confederação Nacional dos Trabalhadores da Educação (CNTE) convocou paralização nacional de três dias (15, 16 e 17 de março), para reivindicar reajuste de 11,36% no piso salarial dos professores de todo o país, previsto pela Lei Nacional do Piso do Magistério (Lei n; 11.738). Além disso, o movimento se mobilizou contra a terceirização, a entrega das escolas às Organizações Sociais (OSs), o parcelamento de salários, a militarização de escolas públicas e a reorganização das escolas. Segundo o levantamento realizado pela CNTE em fevereiro, apenas as unidades federativas de Sergipe, Piauí e Distrito Federal pagam o piso anunciado pelo MEC para 2016, que é de R$ 2.165,44 para profissionais em início de carreira, com formação em nível médio, para uma jornada de 40 horas semanais e 1/3 da carga horária destinada a atividades extraclasse. Acesse a tabela aqui.
O primeiro dia de paralisação contou com 39 sindicatos. Confira abaixo as mobilizações por estado.
Alagoas - O Sinteal foi em caravana ao Gabinete da Secretaria de Educação (Seduc) entregar a pauta reivindicatória, em seguida promoveu panfletagem no centro da cidade, dialogando com a população sobre as razões da luta.
Bahia - Cerca de 2 mil educadores baianos participaram de uma caminhada do Campo Grande até a Praça Municipal de Salvador.
Goiás - O Sintego realizou o Seminário "OS na educação ; somos contra", no Auditório Costa Lima, da Assembleia Legislativa de Goiás.
Mato Grosso - Um levantamento realizado pelo Sintep-MT no primeiro dia de paralisação da rede pública de ensino no estado revela, por amostragem, a realização de atos em todas as regionais e atividades em parte dos municípios do estado.
Mato Grosso do Sul - A Fete-MS e seus 73 sindicatos municipais filiados realizaram atividades com foco nas redes municipais que não estão cumprindo as legislações de valorização trabalhista.
Minas Gerais - O Sind-UTE/MG paralisou as atividades. A pauta de reivindicações de 2016 terá como um dos eixos a luta contra a privatização na educação pública.
Sergipe - Professores da rede estadual de Sergipe ocuparam as galerias da Assembleia Legislativa. O pagamento dos proventos dos aposentados em atraso, as condições das escolas públicas, a desvalorização da carreira e a queda nas receitas da parte estadual do Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica e Valorização dos Profissionais da Educação (Fundeb) estão entre as principais preocupações dos educadores da rede estadual.
Amapá - Há paralisação entre professores das redes estadual e municipal em Macapá.
Tocantins - Profissionais das redes estadual e municipal de educação ligados ao Sintet aderiram à paralisação nacional.
Rio Grande do Sul - A paralização ocorre desde segunda-feira, por incentivo do sindicato.
Maranhão - Os professores da rede municipal de ensino em São Luís paralisaram as atividades durante toda esta semana.
Piauí - A greve dura um mês. As aulas começariam em 15 de fevereiro, mas os professores de 600 escolas públicas decidiram não iniciar o período letivo.