Com expectativa de um público de mais de 3 mil pessoas, o 4; Congresso de Literatura Infantojuvenil de Luziânia (Conluz) vai até amanhã (18) para educadores, alunos e familiares. O evento é garantido pela Lei Municipal n; 3.631/2013 da cidade goiana e é promovido sempre em março para antecipar as comemorações do Dia Internacional do Livro Infantil e nascimento de Hans Christian Andersen (2 de abril) e o Dia Nacional do Livro Infantil e nascimento de Monteiro Lobato (18 de abril). O objetivo do congresso é promover a leitura com oficinas, palestras e espetáculos.
O curador do evento, Maurício Leite, explica que as escolas têm acervos maravilhosos, mas só isso não adianta. ;Além disso, é necessário ter pessoas preparadas para fazer com que os livros cheguem de forma prazerosa;, diz. Segundo ele, o evento ensina exatamente isso. ;As palavras livro, leitura e literatura têm que fazer parte do cotidiano das pessoas. Cada professor vai levar um jeito novo de pensar na leitura com prazer, gosto e interesse;, diz.
A escritora homenageada do evento, a portuguesa Cristina Taquelim, é mediadora de leitura, ou seja, faz com que o livro chegue ao outro com entendimento e propriedade. ;Ler é uma escolha individual, mas, se a pessoa não souber ler bem, está condicionada a essa escolha;, explica. Ela ministra uma oficina em que mostra os autores que a encantam, livros que não existem no Brasil, para que, ao fim, os professores saibam construir o repertório para trabalhar com as crianças. ;A leitura é uma tarefa muito complexa do ponto de vista cognitivo. Precisa de um suporte motivacional muito forte e do domínio de estratégias, e os adultos têm que ter a consciência de como podem ganhar essas estratégias e, a partir daí, garantir que toda criança tenha ferramentas para compreender o significado do texto;, comenta. Para ela, a literatura Infantojuvenil tem tudo. ;É onde me encanto. Gosto de tocar o universo emocional da criança porque sinto que isso pode ter um caráter transformador.;
Admiradores da leitura
Maria Clara Cavalcanti, trabalha há 20 anos com promoção de leitura e sempre foi apaixonada por literatura. ;Quanto mais pesquiso, mais vejo como ela é séria e que tem que ser encarada como um instrumento maravilhoso para a mediação de leitura;, comenta. Ela está dando uma oficina sobre a importância da contação de uma história na mediação e como isso causa efeito. ;Um evento como esse reúne várias pessoas e linguagens, oficinas proveitosas e deixa sementes, ou seja, quando acabar o evento, as pessoas multiplicarão aquilo que trocaram com os outros;, explica.
O também escritor, Rogério Andrade, sempre gostou de escrever, mas lançou o primeiro livro após voltar da África, onde passou dois anos como voluntário em Guiné-Bissau. ;Notei que não havia praticamente livros infantis sobre os contos tradicionais africanos e resolvi falar sobre isso;, diz. A oficina dele fala sobre os contos tradicionais, as músicas e de como as crianças brincam por lá. Além de escritor e promotor de leitura, José Mauro Brant é ator e diretor de teatro. A oficina dele é uma trajetória com o objetivo de mostrar todas as modalidades de atos de promoção de leitura, como contar história, canções e jogos lúdicos em sala de aula. ;Uso os professores como alunos, não só para que eles repassem aquilo, mas para que vivam esse momento e despertem um novo olhar sobre a leitura;, explica.
Aprovação do público
Este ano, o escritor e mediador de leitura, que já deu oficinas no Conluz, Tino Freitas, está participando como ouvinte. ;Percebo a transformação das pessoas, professores mais atentos. O trabalho que está sendo feito é muito importante não só para a comunidade, mas para o crescimento pessoal;, comenta. Integrante do projeto de leitura Roedores de Livros em Brasília, como Tino Freitas, e professora da Secretaria de Educação do Distrito Federal, Ana Paula Bernardes, 45, participa do Conluz desde a primeira edição. ;É muito importante para a cidade. Sempre venho para aprender coisas novas, rever os amigos, e as oficinas são excelente com pessoas muito graduadas;, diz. Ela ainda acrescenta que notou uma evolução desde o primeiro ano de que participou do congresso. ;Houve um crescimento do público, e os alunos já entendem e participam das oficinas de uma maneira diferente.;
[SAIBAMAIS]Para a professora da Escola Municipal de Luziânia Jurema Penha, 35, o evento enriquece muito o dia a dia na sala de aula. ;Aprendemos com vários profissionais técnicas inovadoras e vamos aprender mais da nossa língua como ela é falada e utilizada lá fora;, diz.
Mais informações: (61) 3906-3103/ .