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MEC participa de plano nacional contra o Aedes e a microcefalia

postado em 23/03/2016 18:56

Depois de mobilizar 60 milhões de estudantes e profissionais da educação contra o mosquito Aedes aegypti no início do ano letivo de 2016, o Ministério da Educação participa agora da fase de estudos para o combate ao mosquito que transmite a dengue, o zika e a chikungunya. As ações do Eixo de Desenvolvimento Tecnológico, Educação e Pesquisa foram anunciadas nesta quarta-feira, 23, no Palácio do Planalto, em Brasília.

Serão investidos R$ 649 milhões nas pesquisas que compõem o Plano Nacional de Enfrentamento ao Aedes aegypti e à Microcefalia. Além do MEC, que empregará R$ 36 milhões, os ministérios da Saúde e da Ciência, Tecnologia e Inovação também desenvolverão estudos. Até 2018, os recursos chegarão a R$ 1,2 bilhão, segundo a presidenta Dilma Rousseff.

;A mobilização dos estudantes, tanto das séries finais do ensino fundamental como do ensino médio, inequivocamente é uma forma de mobilizarmos a sociedade;, destacou a presidenta, ao lembrar os esforços capitaneados pelo MEC contra o mosquito.

A presidenta anunciou, ainda, outra campanha que o Ministério vai promover no começo de abril, desta vez junto às famílias dos estudantes. ;O MEC estará, juntamente com os secretários de educação, promovendo uma grande mobilização no sentido de levar os pais das crianças a desenvolverem esse combate. Até porque nós todos sabemos que, enquanto não temos a vacina, é fundamental que a gente elimine os criadouros;, afirmou Dilma.

Ações ; As pesquisas na área de educação serão desenvolvidas pela Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes). Conforme o presidente da Capes, Carlos Nobre, ;de várias maneiras esses recursos vão contribuir com o aumento do conhecimento científico sobre o vetor e o vírus da zika;.

A primeira ação de uso desses recursos é a destinação de R$ 6 milhões para apoio a cerca de 20 grupos com projetos de pesquisa sobre o virus, em todas as áreas, em fase de conclusão. A intenção, segundo Nobre, é em pelo menos seis meses apresentar resultados importantes.

Em breve, conforme o presidente da Capes, será lançado também um edital de pesquisas de mestrado e doutoramento, com investimento de R$ 50 milhões. Parte dos recursos anunciados hoje se somarão a outros vindos do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação.

O certame será voltado para as cinco áreas prioritárias elencadas pelo eixo de pesquisas no combate ao Aedes aegypti: diagnóstico, controle vetorial, o vírus zika e sua relação com doenças como a microcefalia, vacinas e tratamentos, além de inovação em gestão de Serviços de Saúde, de saneamento e de políticas públicas.

;É uma emergência onde existe um enorme desconhecimento científico. Ninguém previu, ninguém imaginou que podia haver uma epidemia causada pelo vírus zika e que tivesse uma dimensão, um agravo pelas consequências, as doenças que o vírus ocasiona;, frisou Carlos Nobre.

A presidenta Dilma Rousseff reforçou que ;mesmo nessa etapa de dificuldades fiscais;, o Governo Federal dará todas as condições para que os estudos sobre o vírus alcancem outros patamares. ;Nós temos um compromisso de não deixar faltar recursos para essas pesquisas;, disse.

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