postado em 12/04/2016 16:12
Nesta terça-feira (12), presidente Dilma Rousseff recebeu, no Palácio do Planalto, manifestantes no Encontro da Educação pela Democracia no Palácio do Planalto. Em discurso, Dilma afirmou que o Brasil não será o país do ódio e cumprimentou a estudante de medicina, Suzane da Silva, que sofreu ameaças racistas após publicar nas redes sociais que ;A casa grande pira quando a senzala estuda medicina;. ;Estou aqui como mulher, como negra, como periférica. Eu tinha tudo para ser uma excelente babá, faxineira ou empregada doméstica, estava marcado na minha história, era meio que determinado para mim. Mas eu tenho a oportunidade, graças a essa nação educadora que lutou pelo Prouni, pelo Reuni, pelas políticas afirmativas, e pelas cotas para negros;, enfatizou Suzane.
Durante o evento, Paulo Figueiredo Lima, representante da Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência (SBPC), afirmou que o objetivo dos presentes era o fortalecimento da democracia com entendimento social e paz nacional.
A presidente do Sindicato dos Trabalhadores em Educação de Goiás (Sintego), Bia de Lima, disse que a instituição estava presente para prestar apoio à presidente Dilma e lutar para que não sejam colocados em risco direitos já conquistados, como o piso salarial nacional para a categoria.
A professora Selene Michelin, secretária da Confederação Nacional dos Trabalhadores em Educação (CNTE), afirmou que a instituição está de acordo com a causa e que a presidente deve terminar o mandato, uma vez que foi eleita por via democrática.
;Nós, da educação, acreditamos nela como mulher pra ser presidenta. Estamos com a Dilma;, disse Sônia Kruppa, professora da Universidade de São Paulo (USP). ;Como estudante de Ciências Políticas, percebo que os governos Lula e Dilma popularizam o acesso à universidade, e isso não satisfaz as elites;, afirmou o universitário João Paulo Vaz Mendes, do Coletivo Quilombo.
Também presente no evento, o ministro da Educação, Aloízio Mercadante, afirmou que o processo de impeachment é um golpe que pode prejudicar os avanços sociais conquistados na redemocratização do País, e lembrou as consequências de outros golpes ocorridos no Brasil. ;Todos os governos que começam com golpe terminam com repressão, com censura, com exclusão, com tortura, com medo, e foi assim na história do Brasil em muitos momentos;, completou.
O coordenador-geral da Campanha Nacional pelo Direito à Educação, Daniel Cara, seguiu a linha do ministro e disse que não se pode questionar uma eleição democrática. ;Questionar os resultados de uma eleição popular, não aceito. Se trata estritamente da defesa da democracia;, afirmou.
Com informações do Blog do Planalto.