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Favorável ao impeachment, Cristovam Buarque é hostilizado no Senado

O senador, ex-ministro da Educação do governo Lula, foi um dos 61 senadores que votaram a favor do afastamento definitivo de Dilma Rousseff da Presidência da República

postado em 01/09/2016 14:57

Senador Cristovam Buarque é hostilizado durante sessão da Comissão de Educação no Senado
Um dia após o Senado aprovar o impeachment de Dilma Rousseff, a Casa amanheceu nesta quinta-feira (1;) com corredores praticamente vazios e quase nenhum senador. Nem de longe o Senado lembrou a agitação dos últimos dias. A manhã só não foi tranquila para o senador Cristovam Buarque (PDT-DF).

Presidente da Comissão de Educação, única a manter a agenda de hoje, Cristovam teve de encerrar os trabalhos bem antes do previsto, depois de ter sido hostilizado por professores e alunos de escolas do Distrito Federal. Ex-petista e ex-ministro da Educação do governo Lula, ontem Cristovam foi um dos 61 senadores que votaram a favor do afastamento definitivo de Dilma Rousseff da Presidência da República.

[SAIBAMAIS];De repente, comecei a ouvir os gritos de golpista, golpista, golpista. Fiquei nove anos fora do Brasil para não conviver com golpistas. Não quero que ninguém conviva com golpistas. Como ali eles achavam que a mesa estava sendo comandada por um golpista, em homenagem a eles, que não têm coragem de se exilar, como eu fiz, preferi sair e suspender a sessão;, explicou o senador.

Cristovam acrescentou que não se sentiu agredido, mas incomodado. ;Tanto que saí passando pelo meio dos manifestantes e ninguém tocou um dedo em mim.; Para não alimentar ainda mais o clima hostil, Cristovam convidou os manifestantes que estavam sentados no plenário da comissão a se posicionar atrás dele com os cartazes com inscrições ;golpista;.

De acordo com o senador, desse modo as câmeras da TV Senado poderiam registrar melhor o protesto.

;Golpistas, fascistas, não passarão;. Com essa frase e aos gritos de ;Fora Temer!”, o grupo deixou a sala da comissão conduzido até a saída do Senado pela Polícia Legislativa da Casa.

;Estávamos saindo e fizemos referência ao ; Fora Temer; porque viemos falar de liberdade de expressão. Dentro da audiência teve ainda uma galera que começou a gritar "Tchau, querida!”, disse a presidente da União dos Estudantes Secundaristas do Distrito Federal (Uesdf), Taís de Oliveira Soares

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