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Dia da Árvore e a chegada da primavera

Duas datas lembram a importância do cuidado com o meio ambiente

Jéssica Gotlib
postado em 21/09/2016 18:14

Ipê-branco na Esplanada dos Ministérios, próximo à Catedral Metropolitana

Apesar de ser um assunto de vida ou morte, às vezes, as pessoas precisam ser lembradas de que é necessário preservar a natureza. Para isso, o governo brasileiro criou, em 1965, o Dia da Árvore. A data, celebrada em 21 de setembro, foi escolhida por ser próxima ao início da primavera, que este ano começa na próxima sexta-feira, e lembra que as diversas espécies existentes são fundamentais para a vida na Terra. Isso porque elas aumentam a umidade do ar, evitam erosões, produzem oxigênio, reduzem a temperatura e fornecem sombra e abrigo para algumas espécies animais.

Na foto, o buriti que dá nome ao prédio onde fica o Poder executivo local Em Brasília, a preservação das plantas também foi tema de preocupação governamental. Em 1993, 12 espécies nativas do cerrado foram tombadas como patrimônio ecológico do Distrito Federal. São elas: pequi, copaíba, sucupira-branca, cagaita, buriti, gomeira, pau-doce (ou pau-de-tucano), aroeira, emburiçu, peróba, jacarandá e ipê. O chefe do Departamento de Parques e Jardins da Companhia Urbanizadora da Nova Capital (Novacap), Rômulo Ervilha, ressalta que essas são apenas algumas das espécies importantes do DF.

Como Brasília é uma cidade parque, com grande parte do território urbano coberto por plantas, existem muitas variedades que não foram contempladas na época do tombamento, mas que são importantes para a região, como os flamboyants, mangueiras e sapucaias, explica.

Conheça algumas das espécies que representam o DF

Ipês
Podem ser encontrados em várias regiões da cidade. Há flores de quatro cores: roxo, rosa, amarelo e branco. Eles florescem durante todo o período de seca. Algumas espécies brasileiras eram utilizadas por populações nativas para confeccionar arco e flecha.

Flamboyant florido na Quadra 303 do Sudoeste Buriti
Declarada o símbolo oficial do DF, a árvore cresce naturalmente perto de lugares com água ; seja rio, lago, reserva subterrânea. Os frutos amadurecem entre dezembro e junho e têm alto valor nutricional ; especialmente vitaminas e antioxidantes. Ele foi plantado ainda no começo dos anos 1960, assim que Brasília foi inaugurada. Rômulo Ervilha lembra que, em 1992, um homem irritado com o então governador de Brasília tentou cortar a árvore. Apesar disso, o buriti histórico recebeu cuidados da equipe da Novacap e sobrevive até hoje.

Flamboyant
Apesar de não constar na lista de espécies tombadas do DF, Rômulo Ervilha garante que os Flamboyants são muito importantes para a cultura local. A árvore chama muita atenção pela explosão de flores vermelhas durante o período de floração ; que começa no fim da primavera e vai até o fim do verão.

Pequi
A espécie é símbolo do cerrado brasileiro. Os frutos amadurecem entre outubro e fevereiro. Eles são muito utilizados na culinária local, podem ser consumidos puros, com arroz ou frango e têm alto valor nutricional. As comunidades nativas da região também utilizavam para fins terapêuticos.

Árvore de pequi no Jardim Botânico

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