postado em 21/10/2016 18:27
O Ministério da Educação, por meio do Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE), levou a experiência brasileira na área de alimentação escolar para o exterior. Durante cinco dias, representantes de diversos países estiveram reunidos em Roma, na Itália, para a 43; Sessão do Comitê de Segurança Alimentar (CSA), que discutiu sistemas alimentares sustentáveis, nutrição e mudança do clima. O evento, encerrado nesta sexta-feira, 21, foi promovido pela Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação (FAO).O diretor de Ações Educacionais do FNDE, José Fernando Uchôa, destacou a relevância do Programa Nacional de Alimentação Escolar (Pnae), considerado um dos maiores programas na área de alimentação escolar do mundo. ;Atualmente, cerca de 50 milhões de refeições são servidas diariamente a mais de 40 milhões de alunos no Brasil, com o apoio do Pnae;, disse. O programa atende a todos os estudantes matriculados na educação básica das redes públicas de ensino.
;Durante muitos anos, o Brasil esteve tristemente inserido no Mapa da Fome da ONU, mas, atualmente, o Pnae faz parte do relatório da FAO como um exemplo de política pública eficaz de promoção de segurança alimentar e nutricional;, comemorou Uchôa. ;O Pnae evoluiu de um programa assistencialista para um programa que assegura o direito humano à alimentação adequada.;
O Ministério da Educação já repassou R$ 2,7 bilhões em 2016 para a alimentação nas escolas. A previsão é fechar o ano com um repasse de R$ 3,6 bilhões. Pelo menos 30% desse valor deve ser investido na compra direta de produtos da agricultura familiar. ;Acreditamos na agricultura familiar como fator fundamental para superar nossos desafios;, afirmou o diretor do FNDE.
Os bons resultados do Pnae levaram o Brasil a fechar uma parceria com o Centro de Excelência contra a Fome, da FAO, pelo qual apoia os governos de 26 países na África e dois na Ásia para criação, desenvolvimento e aperfeiçoamento dos programas nacionais de alimentação escolar, com o fortalecimento da ligação com a compra local dos pequenos agricultores. Na África, 24 países já trabalham seus programas de alimentação com base na experiência brasileira.
As discussões e propostas apresentadas no comitê deverão contribuir para a implementação da Agenda 2030 para o Desenvolvimento Sustentável, que corresponde a um conjunto de programas, ações e diretrizes que orientarão os trabalhos das Nações Unidas e de seus países membros rumo ao desenvolvimento sustentável.