O Conselho Estadual de Educação de São Paulo (CEE) manifestou-se favoravelmente ao projeto do Novo Ensino Médio, enfatizando a urgência e relevância do tema. ;Consideramos que uma significativa reforma do ensino médio é medida de caráter urgente, urgentíssima. Sem ela, o país continuará retardatário, condenando-se ao atraso. E não ingressará na agenda do século 21;, ressalta o documento do órgão normativo, deliberativo e consultivo do Sistema de Ensino do Estado de São Paulo.
O comunicado relaciona os principais objetivos da reforma, como flexibilizar os currículos escolares, ampliar a jornada e reforçar o ensino profissionalizante, além de fortalecer o pacto federativo, ao descentralizar as decisões para os estados, que passam a ter papel preponderante nas decisões de currículo e organização dessa etapa da educação básica. ;Tal proposta procura retomar e fortalecer a flexibilização da oferta do ensino médio, há muito defendida por alunos, familiares, educadores e gestores da área;, salienta o documento.
A nota enfatiza que a educação vive hoje um momento de transição, reiterando a necessidade de mudanças: ;É essencial que as escolas estejam muito diferentes em poucos anos e que se marche para um ensino cada vez mais multidisciplinar e transversal, em que as aulas expositivas se combinem com o estudo por projetos, a exemplo do que já acontece em outros países e em algumas escolas de ponta de nossa rede de ensino;, prossegue o comunicado, publicado no dia 13 de outubro.
Debate
O comunicado destaca que a reformulação no ensino médio vem sido discutida há vários anos e há décadas especialistas e entidades como o Conselho Nacional de Secretários de Educação (Consed) vêm apresentando propostas para a educação ; entre as quais a reforma do ensino médio ;, com base em uma grade curricular mais enxuta e flexível, na adoção paulatina do ensino integral e na formação dos professores.
Urgência
A nota do CEE ressalta ainda o fato de que as mudanças estão sendo levadas à frente por meio de uma medida provisória, reforçando o sentido de urgência, relevância e a prioridade da reformulação do ensino médio no Brasil. Dentre as dificuldades do atual ensino médio, o documento classifica o currículo atual como currículo excessivamente acadêmico, inteiramente desconectado da realidade do mercado de trabalho e pouquíssimo atraente para os jovens estudantes. ;Prova disso são as elevadíssimas taxas de evasão, de 9,5% na primeira série, 7,1% na segunda e 5,2% na última;, destaca o documento.
da nota do Conselho Estadual de Educação de São Paulo