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MEC apoia premiação sobre o respeito à diversidade sexual

postado em 14/02/2017 18:58

O brasiliense Walisson Lopes tem apenas 21 anos de idade, mas sofre com um histórico de agressões físicas e psicológicas devido à orientação sexual, especialmente na escola. Disposto a não abaixar a cabeça diante do preconceito e a lutar por seus direitos e pelo respeito da sociedade, o jovem tornou-se militante e porta-voz das causas conhecidas como LGBT (lésbicas, gays, bissexuais, travestis, transexuais e transgêneros).

Walisson escolheu o teatro como meio de se fazer ouvir e transmitir os valores da tolerância para que todos sejam aceitos, independentemente da identidade e orientação sexual. ;Pessoas como eu matam um leão por dia contra a discriminação; ficamos restritos a uma vida social em locais e horários onde sabemos que não vão nos perturbar;, afirma. ;Já perdi um ano de estudos por causa do bullying, fiquei deprimido, não queria mais sair de casa, mas agora estou disposto a lutar porque sou cidadão como todos.;

Prêmio

Para incentivar, reconhecer e valorizar ideias como a de Walisson Lopes, o Grupo Dignidade, entidade sem fins lucrativos fundada em 1992, no Paraná, promove o prêmio Educando para o Respeito à Diversidade Sexual, cujas inscrições vão até 24 de fevereiro. Os interessados podem, entre outras coisas, apresentar vídeos, publicações e projetos pedagógicos.

A iniciativa conta com o apoio do MEC, por meio da Secretaria de Educação Continuada, Alfabetização, Diversidade e Inclusão (Secadi), promotora do Pacto Universitário de Promoção do Respeito à Diversidade, Cultura da Paz e Direitos Humanos, lançado em novembro do ano passado em parceria com a Secretaria Especial de Direitos Humanos do Ministério da Justiça e Cidadania. ;O MEC tem a responsabilidade de incentivar e promover ações em educação para direitos humanos e entre elas está o respeito às diversidades;, disse o diretor de políticas de educação em direitos humanos e cidadania da Secadi, Daniel Ximenes.

Números

De acordo com último relatório do Grupo Gay da Bahia, outra organização não governamental, 343 pessoas LGBT foram mortas no país em 2016. A cada 25 horas alguém é assassinado, vítima do que passou a ser conhecido como . Matam-se mais homossexuais aqui do que nos 13 países do Oriente e África, onde há pena de morte contra essas pessoas, segundo o relatório.

O antropólogo Luiz Mott, responsável pelo portal na internet , considera esses números alarmantes, mas salienta que são apenas a ponta de um iceberg da violência, pois não há estatísticas oficiais sobre crimes de ódio. Mott acredita que só com vontade política dos governantes será possível mobilizar as bases parlamentares e aprovar leis rigorosas, a exemplo da que considera inafiançável o racismo.

Mais informações e inscrições na internet.

Portal MEC

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