Gabriela Alves, 22 anos, tem uma rotina agitada. Divide o dia entre o curso técnico profissionalizante para assistente administrativo, os estudos do ensino médio e as aulas de dança do ventre. É uma jovem ativa e cheia de sonhos como todas as outras da sua idade, com uma pequena diferença que a torna ainda mais especial: ela tem Síndrome de Down.
Nesta terça-feira, 21, Gabi (como gosta de ser chamada) e dezenas de outros amigos e colegas compareceram ao seminário Ir e Vir com Independência, promovido pelo senador Romário Faria (PSB-RJ) para marcar o Dia Internacional da Síndrome de Down. A mesa de abertura do evento, realizado no auditório Petrônio Portela, do Senado Federal, contou com a presença dos ministros Mendonça Filho, da Educação, e Roberto Barroso, do Supremo Tribunal Federal (STF).
As questões sobre inclusão social, no mercado de trabalho e no sistema educacional, foram destaques do seminário. ;Não vencemos todos os preconceitos, mas passos importantes foram dados. Quem acompanha as estatísticas sabe que o país evoluiu muito na educação inclusiva;, declarou o ministro Mendonça Filho. De acordo com os dados do censo da educação básica de 2015, o país contava naquele ano com 645.304 portadores de deficiência intelectual matriculados na educação especial, sendo 490.015 em classes comuns e 155.289 em classes exclusivas.
;Avançamos bastante, mas ainda há muitas barreiras a serem quebradas;, afirmou o senador Romário, que citou o exemplo da Lei Brasileira de Inclusão, que precisa ser regulamentada em vários de seus artigos. O senador é defensor incansável da causa e sonha que um dia todos tenham as condições favoráveis de educação e demais oportunidades que pode proporcionar à filha Ivy, de 12 anos, que já lançou um livro biográfico e hoje é youtuber, ;para mostrar um pouco da vida dela e continuar inspirando milhares de pessoas com Síndrome de Down;.
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