Servidores, técnicos e docentes da Universidade de Brasília (UnB) anunciaram adesão à greve geral nacional convocada para esta sexta-feira (28) pelas centrais sindicais e as Frentes Brasil Popular e Povo Sem Medo. Os professores e servidores aprovaram a decisão em assembleias realizadas na manhã da última terça-feira (25). O objetivo da greve geral nacional é protestar contra as reformas da Previdência e trabalhista propostas pelo governo.
O chefe de gabinete da reitoria, Paulo César Marques, disse que caberá a cada professor ou técnico decidir se vai participar ou não da mobilização." É possível que algumas unidades decidam suspender as aulas, mas não há nenhuma informação nesse sentido;, relata o assessor.
A Greve Geral de 28 de abril foi convocada por oito centrais sindicais do Brasil: CTB, UGT, CUT, Força Sindical, CSB, NCST, Conlutas e CGTB. Juntas, as centrais dos sindicatos representam mais de 10 milhões de trabalhadores. Algumas categorias profissionais já confirmaram a adesão á greve. Outras ainda estão realziando nesta quinta-feira reuniões para decidir. Vários Sindicatos de professores confirmam a adesão à greve. No Distrito Federal, por exemplo, os professores da rede pública que encerraram uma paralisação de 29 dias, seguem mobilizados para a greve geral. O Diretor do Sinpro/DF, Cláudio Antunes, lembra que a adesão foi definida em 12 de abril em assembleia. A recomendação do sindicato é que todos professores da rede pública participem da paralisação.
O Sindicato dos Estabelecimentos Particulares do Distrito Federal (Sinepe/DF) esclarece que as escolas particulares de Brasília têm liberdade para escolher aderir ou não à greve geral, contra a Reforma da Previdência, marcada para a próxima sexta-feira (28). O diretor financeiro da entidade, Cleiton Braga, explica como a adesão e a não adesão podem afetar as instituições, porém cada escola de rede privada tem liberdade para decidir se irá funcionar ou não. Até o fim da tarde, segundo o Sinepe, nenhuma escola confirmou a suspensão das aulas na sexta-feira.
;Se funcionar normalmente, o estabelecimento não precisa emitir nenhum tipo de comunicado aos pais e funcionários, apenas responder aos que questionarem. Mas, se houver participação da escola na greve geral, é necessário informar toda a comunidade escolar e comunicar a data de reposição desse dia letivo;, explica.
;A paralisação pode trazer algumas outras questões, como o questionamento de horas extras por parte de funcionários, já que a reposição costuma não ser em um dia habitual de aula, e queixas de pais, que podem alegar prejuízos, até mesmo judicialmente, já que a escola não receberá o filho em um dia previamente contratado;, ressalta o diretor do Sinepe/DF.
Ainda assim, o diretor não faz recomendações e afirma que cada estabelecimento é responsável por avaliar a situação de forma independente. Clayton Braga lembra, no entanto, que, caso a Secretaria de Educação do DF ou o Conselho de Educação do DF encaminhe alguma orientação às escolas, ela deverá ser seguida.
Em São Paulo, o Sindicato dos professores de escolas particulares informa, em nota, que vai aderir à paralisação. As manifestações dos professores da capital e das regiões metropolitanas do estado vão se concentrar no Largo da Batata, região central da capital paulista. O Sindicato dos professores do Ensino oficial do Estado de São Paulo representa os professores da rede pública estadual. A categoria também decidiu aderir à paralisação , em uma assembleia ocorrida em 31 de março.
A Confederação Nacional dos Trabalhadores em Estabelecimento de Ensino (Contee) anunciou, em seu site, que vai ter uma mobilização massiva para o dia da greve geral. Todos os sindicatos e federações filiados à Contee estão convocados para a greve geral nacional, inclusive trabalhadores de escolas privadas.
*Estagiário sob supervisão de Ana Sá