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Comissão rejeita exigência de treinamento para porteiro de escola

postado em 11/05/2017 19:25

Para o relator Celso Jacob, a exigência fere a independência dos poderes

A Comissão de Educação rejeitou o Projeto de Lei , do ex-deputado Fernando Jordão, que pretende tornar obrigatório o treinamento de funcionários das escolas que controlam a entrada e a saída de alunos.

Segundo o autor, o objetivo é fazer com que esses funcionários aprendam técnicas de segurança e princípios básicos de psicologia para dificultar eventuais ações criminosas nas escolas.

Relator na comissão, o deputado Celso Jacob (PMDB-RJ) reconheceu a preocupação do autor com a ;criação de um ambiente de segurança nas escolas;, mas recomendou a rejeição do texto por entender que há desrespeito ao princípio da independência dos poderes.

;Impor pela via legislativa a adoção de um programa de governo por parte do Executivo seria ingerência indevida do parlamento na esfera de outro poder;, observou Jacob.

Além disso, o relator lembrou que já existem profissionais aptos a realizar essas tarefas, como os vigilantes, cuja atividade é regulamentada, além do possível apoio das polícias militares.

No parecer aprovado, Jacob opta por encaminhar uma indicação ao Executivo para realizar estudos sobre o assunto e implantar programas de segurança nas escolas.

Tramitação
O projeto será analisado pelo Plenário, uma vez que recebeu pareceres divergentes (a favor e contra) nas comissões de mérito. Antes, ainda receberá parecer na Constituição e Justiça e de Cidadania.

Agência Câmara

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