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Professores da rede pública ampliam conhecimentos sobre patrimônio cultural

Práticas pedagógicas que valorizam a identidade de Brasília, como as da professora Maria da Gloria Bonfim Yung, foram apresentadas a cerca de 200 educadores nesta terça-feira (30)

postado em 30/05/2017 21:09

A professora de artes visuais da Escola Parque 307/308 Sul Maria da Gloria Bonfim Yung

Professores e coordenadores de ensino de cerca de 200 escolas da rede pública de ensino do Distrito Federal tiveram a oportunidade de aprofundar os conhecimentos sobre patrimônio artístico, histórico e cultural.

Nesta terça-feira (30), os educadores participaram do 1; Seminário de Educação Patrimonial: Lugares, Memórias e Identidades, organizado pela Secretaria de Educação em parceria com o Instituto do Patrimônio Histórico Artístico Nacional (Iphan) e com outros órgãos do governo local.

À frente do projeto Preservartepatrimônio desde 2010, a professora de artes visuais Maria da Gloria Bonfim Yung mostrou aos colegas o trabalho que desenvolve na Escola Parque 307/308 Sul.

Por meio de fotografias, visitas a pontos turísticos, desenhos e pinturas, os estudantes do 1; ao 5; ano do ensino fundamental retratam elementos característicos da identidade de Brasília.

Durante as atividades, as crianças estudam as obras de Lucio Costa, Burle Marx, Alfredo Volpi, Athos Bulcão, Francisco Galeno e Oscar Niemeyer. ;Mostramos a importância de se reconhecer como indivíduo, parte desse patrimônio;, defendeu a educadora.

Para Maria da Gloria, especialista em gestão do patrimônio cultural e militante da causa há 30 anos, o processo faz diferença na vida do estudante como cidadão. ;Ao entender melhor sua história, o aluno se vê como dono da escola, dono da carteira, dono da quadra, e, assim, passa a valorizar esses elementos.;

Ações como as da educadora da escola na Asa Sul serão incentivadas, cada dia mais, em outras unidades de ensino do DF, como previsto na , 16 de agosto de 2016, que institui a Política de Educação Patrimonial da Secretaria de Educação.

O Dia Nacional do Patrimônio Histórico, Artístico e Cultural, comemorado em 17 de agosto desde 1998, homenageia o historiador e jornalista mineiro Rodrigo Melo Franco de Andrade, defensor da causa. No DF, a celebração passou a integrar o calendário oficial em 2016.

O marco legal foi apresentado aos educadores durante o seminário de hoje (30), no auditório do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (DNIT), na Asa Norte, e tem duas datas como mote.

A primeira é o Dia Nacional do Patrimônio Histórico, Artístico e Cultural, 17 de agosto, instituído no calendário escolar da rede pública de ensino do DF. Será comemorada pela primeira vez neste ano.

A outra celebra os pela Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco).

Com a formalização, as ações de educação patrimonial, que ocorrem hoje pontualmente nas escolas, serão incentivadas como parte do plano pedagógico. ;É um tema transversal, que pode ser abordado de diversas formas, e é esse o suporte que daremos às coordenações de ensino;, explicou o técnico da gerência de Educação Ambiental, Patrimonial, Língua Estrangeira, Arte e Educação, José Delvinei Santos.

O objetivo da Secretaria de Educação é fazer uma série de oficinas para incentivar que cada escola crie seu próprio inventário de memórias, produtos e experiências relevantes para a comunidade.

Projetos apostam em atividades de educação patrimonial

Presente no seminário, a colaboradora do governo Márcia Rollemberg reforçou a atividade como forma de reconhecer e preservar Brasília. ;A reforma curricular voltada para a educação patrimonial contribui para a formação dos jovens, para que eles se sintam parte desse todo.;

Márcia destacou projetos como a , em que crianças e adolescentes visitam a Residência Oficial de Águas Claras, e a terceira edição do das Escolas Públicas.

Neste ano, o evento incentiva a produção audiovisual e a participação cidadã, por meio do tema Se é público, eu também sou responsável. ;É uma oportunidade de relacionar as crianças à história da cidade, trazer a dimensão da identidade que as liga aos pioneiros de Brasília;, definiu.

Outras iniciativas citadas pela colaboradora do governo foram o , o e o .

O seminário teve ainda uma oficina de inventários participativos voltada para os educadores, ministrada pela coordenadora de Educação Patrimonial do Departamento de Articulação e Fomento do Iphan, Sonia Rampim Florêncio.

Contou também com a mostra A cidade que inventei, do Arquivo Público do Distrito Federal, composta por rabiscos, frases e desenhos do arquiteto e urbanista Lucio Costa, além de fotos da construção da cidade na década de 1950.

Agência Brasília

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