Nesta sexta-feira (30) a greve nacional movimentará vários setores trabalhistas no Brasil, inclusive o da educação. No Distrito Federal,o Sindicato dos Professores do Distrito Federal (Sinpro-DF) está convocando a categoria para ato na Praça do Relógio, em Taguatinga, às 9h. A manifestação é contra as Reformas da Previdência e a trabalhista e contra cortes nos investimentos para a educação.
Segundo Cláudio Antunes, diretor de imprensa do Sinpro-DF, a entidade não sabe precisar a adesão das escolas à greve geral, mas a expectativa é de que mais de 90% dos profissionais não devem comparecer nesta sexta-feira (30) às salas de aula .;Estamos passando por um período conturbado na política em que os direitos nas áreas sociais e os investimentos têm sido subtraídos. É importante que todo conjunto da sociedade participe, porque ela utiliza os espaços públicos como a escola, que está sendo ameaçada com a perda de investimentos;, analisa.
A advogada do Sindicato dos Estabelecimentos Particulares do DF (Sinepe), Oneide Soterio da Silva, disse que a entidade resguarda a autonomia das instituições de ensino em aderir ou não a paralisação. ;O Sinepe recomenda que as escolas se atenham ao contrato firmado com os pais e o calendário de aulas seja cumprido, mas acredito que a adesão a greve será baixa;, afirma.
Ensino Superior
A orientação do Sindicato Nacional dos Docentes das Instituições do Ensino Superior (Andes) é a adesão à greve nacional. Segundo a presidente Eblin Farage, a maioria das universidades do Brasil se mostrou a favor da paralisação. Os docentes da UnB decidiram, em assembleia, realizada em 14 de junho, aprovar a participação no movimento.
As redes de ensino particular, como o Centro de Ensino Unificado do DF (UniCeub), o Instituto de Ensino Superior de Brasília (Iesb), o Centro Universitário Euroamericano (Unieuro) e o Centro Universitário do Distrito Federal (UDF) informaram que as atividades nesta sexta-feira vão ocorrer normalmente nos câmpus universitários. A Universidade Católica de Brasília (UCB) entrou em recesso no último sábado (24).
Gabriel Nagaoka, 22 anos, estudante de direito da Universidade de Brasília (UnB), pretende participar de atos nas ruas e acredita que a greve geral é um mecanismo de luta contra os retrocessos da falta de democracia no país. ;A greve não é só um momento de parar, mas um exercício de democracia. A juventude é protagonista de mudança, esperança e da criação do povo;, avalia. ;É importante que a comunidade acadêmica incorpore a greve para lutar contra os retrocessos causados pelas reformas, ;Diretas Já; e mais democracia em meio ao caos político e fragilizado que vivemos;, enfatiza.
* Estagiária sob supervisão de Ana Sá