O projeto arquitetônico do Museu de Ciência e Tecnologia do Distrito Federal será escolhido por meio de concurso público. Profissionais de todo o País poderão buscar a chance de projetar a edificação para uma das áreas mais simbólicas de Brasília, o Eixo Monumental.
O contrato para organização do certame ; no valor de R$ 280,2 mil ; foi assinado pelo chefe da Casa Civil em exercício, Fábio Pereira e pelo presidente do Instituto de Arquitetos do Brasil (IAB-DF), Célio Melis Júnior, nesta segunda (10), no Salão Nobre do Palácio do Buriti.
Futuramente, o espaço será instalado no Setor de Divulgação Cultural, na área aberta entre a Funarte e o Planetário de Brasília. O terreno terá cerca de 17 mil metros quadrados de área construída.
Para o secretário adjunto de Ciência, Tecnologia e Inovação da Casa Civil, Marcelo Aguiar, o concurso, além de ser um passo importante para tirar do papel o museu idealizado há 20 anos, vai atrair arquitetos de todas as regiões do Brasil.
;O Eixo Monumental foi ocupado historicamente por projetos de Oscar Niemeyer e Lucio Costa, com algumas exceções, como o Centro de Convenções. [Desde então], esse é o primeiro concurso público nacional para o Eixo Monumental. É um marco para a nossa cidade;, avaliou.
A estimativa é que o edital seja lançado em até 45 dias. Em seguida, o instituto calcula cerca de 60 dias para que os concorrentes apresentem as propostas e o resultado seja anunciado.
Os três primeiros colocados receberão premiações de R$ 50 mil, R$ 20 mil e R$ 10 mil, para o primeiro, o segundo e o terceiro lugares, respectivamente.
Após a solenidade, o presidente do IAB-DF destacou que a modalidade concurso público é mais transparente e democrática, e que o governo de Brasília tem sido um exemplo ao adotar essa forma. ;É possível ter um espaço público com mais qualidade, investindo melhor o dinheiro público;, afirmou.
As vantagens da modalidade foram confirmadas pelo secretário de Gestão do Território e Habitação, Thiago Teixeira de Andrade.
;Tem sido usado pelo governo principalmente para a requalificação de espaços públicos, como a Orla Livre. Faz jus ao gene da cidade, que foi fruto de um concurso há 60 anos.; Ele assinou o contrato como testemunha ao lado de Marcelo Aguiar.
O IAB-DF aposta ainda que, devido às características da proposta, a concorrência será alta. ;Para qualquer escritório de arquitetura é um privilégio participar de um certame que vai colocar a sua marca no mais importante eixo rodoviário do Brasil, com obras icônicas do ponto de vista de arquitetura e urbanismo;, opinou Célio Melis Júnior.
Histórico
A missão do museu será promover educação científica e tecnológica, sob uma perspectiva cultural. Isso será feito por meio de programas inovadores e interativos que estimulem a curiosidade e a investigação científicas.
Idealizado desde 1997, quando, por meio de convênio entre a Universidade de Brasília e o governo local, foi criado um grupo de trabalho para desenvolver o projeto, o Museu de Ciência e Tecnologia de Brasília foi oficialmente criado por meio do decreto n; 34.838, de 2013.
Atual governador de Brasília, Rodrigo Rollemberg atuou, em 2004, para a concretização do museu. À época ele era secretário de Ciência e Tecnologia para Inclusão Social do antigo Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovações (agora acoplado ao Ministério das Comunicações).
Em 2012, a proposta ganhou o apoio de novos órgãos, como da Superintendência do Desenvolvimento do Centro-Oeste (Sudeco), autarquia vinculada ao Ministério da Integração Nacional. Nessa época, foi dada formatação ao projeto, com referências arquitetônicas que vão embasar o edital do concurso.