Os investimentos em educação no Brasil, os incentivos no setor feitos pela iniciativa privada e a situação do jovem no mercado de trabalho foram temas debatidos no seminário Educação, Emprego e Futuro, promovido pelo Jornal do Commercio, de Recife. Durante sua participação no evento, o ministro da Educação, Mendonça Filho, disse que, apesar dos números que mostram maiores oportunidades de acesso à educação, assim como mais investimentos, os sistemas de avaliação ainda revelam dificuldades em diferentes níveis de ensino e na conquista de um emprego.
Mendonça Filho acredita que o diálogo entre os poderes, os setores produtivos e a sociedade pode fortalecer a política pública de ingresso e permanência do jovem no mercado de trabalho. ;Essa integração e o debate com o setor produtivo precisam se desdobrar em outras iniciativas;, observou o ministro. ;As federações da indústria, as associações comerciais, as entidades ligadas ao setor de serviços precisam, cada vez mais, entender que a responsabilidade para levarmos adiante esse tipo de política pública não pode estar restrita ao estado como ente maior. A sociedade precisa participar de forma ativa para que se opere uma ação transformadora;, afirmou.
Mendonça lembrou que os investimentos em educação cresceram, atingindo R$ 139 bilhões este ano, mas que é preciso vencer os gargalos. ;Para se ter crescimento econômico, a educação é vital. E temos gargalos em cada etapa, desde a alfabetização, passando pelos anos iniciais e finais do fundamental, e agravando no nível médio, quando afloram problemas da educação básica no Brasil. Ainda que do ponto de vista da evasão, estamos aquém do que ocorre no mundo;, finalizou.
Como estratégia para combater os problemas, o Ministério da Educação tem investido em projetos como o novo ensino médio e a construção da Base Nacional Curricular Comum (BNCC). A parceria com estados e municípios também tem sido valorizada.
O secretário de Educação de Pernambuco, Fred Amâncio, lembrou que a discussão sobre educação precisa sair das secretarias estaduais e municipais e o próprio ministério e ganhar fóruns mais amplos. ;No momento em que a sociedade começa a valorizar a educação, temos chance de mudar o país;, disse.
;Precisamos de uma política que não é só focada no ensino superior, mas também no campo profissional. Uma educação para o mundo de trabalho é fundamental para o nosso jovem;, reforçou Mozart Neves, diretor de inovação e articulação do Instituto Ayrton Senna.
O Movimento Santa Catarina pela Educação foi representado pelo seu assessor executivo, Antônio Carredore. O movimento reuniu 2.300 empresas dos setores da indústria, comércio, transportes e agricultura para projetar melhorias na educação pública no estado, ao lado de estudantes e trabalhadores da área. Ao evento compareceram ainda empresários, educadores e estudantes.
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