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Alunos e professores do Elefante Branco protestam contra sujeira

Segundo alunos, o local está inabitável, com lixo espalhado pelas salas e cheiro forte nos banheiros

Mariana Areias - Especial para o Correio
postado em 17/08/2017 20:01
Sala de aula do Centro de Ensino Médio Elefante Branco (Cemeb)
Protesto de alunos e professores do Centro de Ensino Médio Elefante Branco (Cemeb) bloqueou a W3 Sul no sentido Norte/Sul entre as 11h e as 12h desta quinta-feira (17/8). De acordo com informações preliminares, cerca de 300 pessoas organizavam uma manifestação na altura da 707 Sul. Mais cedo, o grupo se reuniu na porta da escola. Devido à greve dos servidores de empresas terceirizadas que cuidam da limpeza e da merenda de escolas públicas do Distrito Federal, o local, segundo os manifestantes, as salas de aula e banheiros estão "inabitáveis". O trânsito local já foi liberado e, de acordo com a Polícia Militar do Distrito Federal (PMDF), não houve confronto e os esstudantes deixaram o local "tranquilamente".
Cerca de 400 alunos estiveram na porta da escola, segundo Laiene Eduardo, estudante do segundo ano do ensino médio e uma das representantes do movimento. Desde às 7h15 da manhã de hoje, horário de início das aulas, eles se recusaram a entrar no local. ;Tem lixo espalhado por todo lugar, a gente não consegue nem passar perto dos banheiros. É impossível ficar dentro da escola;, disse a estudante.

O professor Alcir Borges, de 57 anos, participou do movimento. Indignado com a situação da escola, ele confirma que estudantes vão continuar se movimentando para tornar o problema visível ao governo. ;Parece que a educação não é prioridade. Como manter uma qualidade de ensino neste ambiente?;, questionou. A previsão é de que, nesta sexta-feira (18/8), mais de 400 alunos e professores voltem a se manifestar no local, reivindicando um ambiente limpo para continuarem as atividades escolares.
Greve
Os funcionários da limpeza estão em greve há oito dias, reivindicando salários e reclamando do atraso de dois meses e meio do ticket alimentação. A categoria recebeu o pagamento deste mês com nove dias de atraso. Segundo o Sindiserviços, amanhã, os servidores voltam a trabalhar normalmente. Hoje, a categoria esteve na porta da Secretaria de Educação protestando pagamento dos oito dias parados e pedindo que o governo intervenha nas ameaças de demissão que servidores têm recebido das empresas prestadoras de serviços terceirizados devido aos dias em que não trabalharam.

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