Um relatório do Alto Comissariado das Nações Unidas para os Refugiados (Acnur) divulgado hoje (12) mostra que mais de 3,5 milhões de crianças e adolescentes refugiados com idade entre 5 e 17 anos não frequentaram a escola no último ano letivo.
Segundo o estudo, o percentual de crianças refugiadas que frequentam a escola é de 61%, enquanto globalmente o índice é de 91%. No ensino médio, o índice de matriculados entre os adolescentes refugiados é de 23%, ante 84% globalmente. Já em relação ao ensino superior, o percentual de refugiados que acessam a universidade é de 1%.
O número de matrículas de crianças refugiadas em idade escolar no ensino fundamental aumentou de 50% para 61% no último ano letivo. Segundo o Acnur, o avanço se deu por causa do aprimoramento de políticas e investimentos em educação para refugiados sírios, assim como a chegada de crianças refugiadas à Europa, onde a educação é obrigatória.
Financiamento
O relatório defende que a educação seja considerada uma resposta fundamental nas emergências que envolvem pessoas refugiadas, e que receba apoio por meio de um planejamento de longo prazo e financiamento estável. O Acnur diz que está trabalhando junto com parceiros para possibilitar o acesso à educação em todo o mundo, dentro e fora dos campos de refugiados. ;Um maior financiamento é urgentemente necessário para colocar mais crianças refugiadas nas escolas;, defende a agência.