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Estudantes do DF serão premiados por desempenho em Olimpíada de Matemática

Olimpíada de Matemática do Distrito Federal contou com mais de 14 mil inscritos e premiará os melhores, desde o 6º ano do ensino fundamental até o ensino médio

Felipe de Oliveira Moura*, Jairo Macedo-Especial para o Correio
postado em 05/12/2017 21:05
Alberto Tavares, medalhista de ouro na Olimpíada de Matemática do Distrito FederaNessa quinta-feira (7), às 14h, 180 alunos serão laureados em cerimônia de premiação da I Olimpíada de Matemática do Distrito Federal (OMDF). No evento, que ocorrerá no auditório do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (DNIT), haverá entrega de medalhas a 90 alunos de escolas públicas e 90 de escolas particulares.

A OMDF contou com 14.242 participantes desde a primeira fase, no mês de junho. Deste total, apenas 664 se classificaram à segunda fase da competição. Os melhores alunos receberão as medalhas de ouro, prata e bronze por seu desempenho na segunda etapa, feita em agosto.

A prova foi organizada de acordo com três níveis pré-estabelecidos: nível 1 (para alunos dos 6; e 7; anos do ensino fundamental), nível 2 (para estudantes dos 8; e 9; anos do ensino fundamental) e nível 3 (para alunos do 1; ao 3; ano do ensino médio).

Dedicação desde os primeiros níveis

Gabriel Leonardo Ferreira, 12 anos, cursa o 7; ano do ensino fundamental no colégio Leonardo Da Vinci. Na primeira fase da olimpíada, chegou perto da nota máxima ; 17 de total de 20 ; e passou à segunda etapa confiante. ;Me preparei bem, fazendo muitos exercícios de olimpíadas anteriores e assistindo videoaulas. Gosto muito de matemática;, conta ele, que sonha desde agora em cursar engenharia. ;Tenho facilidade em resolver as questões com raciocínio lógico. Em eventos como a olimpíada, sou forçado a aprender mais, para além do que vejo na sala de aula.;

Matheus Henrique de Souza, 14, também enxerga na olimpíada um modo de ir além. ;Nela, são abordados conteúdos que raramente eu veria em sala de aula. Na prática, ela me faz buscar respostas para problemas mais complexos;, afirma o estudante do 9; ano do Centro de Ensino Fundamental Santos Dumont em Santa Maria.

O gosto pela matemática veio de berço. Aluno aplicado, Matheus conta que, desde criança, via o pai, Gleison de Souza Silva, trabalhar com vendas e ficava fascinado. ;Desde pequeno, ele queria saber como eu chegava nos resultados dos cálculos;, afirma o pai, hoje conselheiro tutelar em Santa Maria. O gosto pelos números é tanto que Gleison, após 30 anos longe dos estudos, se formou em licenciatura em matemática. ;A mãe também é professora, mas de português. Por isso, o Matheus cresceu nesse ambiente, em que os estudos são valorizados.;

Todo o esforço é recompensado

Aluno do Centro de Ensino Médio 04 de Ceilândia, Alberto Tavares, 18, estava se preparando para a Olimpíada Brasileira de Matemática das Escolas Públicas (OBMEP) e decidiu participar da competição local por recomendação do professor. ;Soube da OMDF pelo professor, que me recomendou que competisse como preparação. Ele me passou a matéria para eu estudar e disse que qualquer dúvida eu poderia entrar em contato com ele;, diz.
O jovem pretende cursar algo na área das ciências exatas, provavelmente ciências da computação, e afirma que, mais do que o benefício profissional no futuro, a experiência vale como aprendizado e preparação para as oportunidades seguintes. ;Senti que meus esforços valeram a pena;, conta o ganhador da medalha de ouro no nível 3;, acrescenta.

Acompanhar os participantes é uma tarefa nobre, porque excede o ambiente da sala de aula e, por isso, a OMDF premiará as duas professoras das escolas campeãs: Alessandra Lisboa da Silva (CEM 09 de Ceilândia) e Janaína Alexandre (Colégio Militar de Brasília).

Foco desde o ensino fundamental

Os estudos específicos para a OBMEP no colégio onde estuda, o Pódion, foram determinantes para que Danilo Marinho, 17, aluno do 3; ano do ensino médio, conquistasse a medalha dourada. ;Sempre estudei para a OBMEP, desde o ensino fundamental existe uma preparação no colégio para ela. Além disso, estudei por conta própria;.

Danilo, que quer ser engenheiro da computação, enxerga o resultado como ;um diferencial no currículo;. ;É uma experiência a mais para desenvolver a capacidade de resolver problemas mais complexos, até mesmo participar de competições a nível internacional;, complementa.
*Estagiário sob supervisão de Ana Sá.

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