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Semestralidade passa a ser obrigatória no ensino médio da rede pública

Todas as escolas de ensino médio da rede pública devem aderir ao novo modelo, que dividirá as disciplinas em dois blocos

Mariana Niederauer
postado em 18/01/2018 19:47
Todas as escolas de ensino médio da rede pública precisam adotar o sistema
A partir deste ano, todas as escolas públicas de ensino médio do Distrito Federal deverão adotar a semestralidade. No modelo, metade das disciplinas são ministradas no primeiro semestre do ano e a outra parte, no segundo. Apenas português matemática e educação física se mantêm obrigatórias durante todo o ano. De acordo com levantamento da Secretaria de Educação, 54 das 92 unidades de ensino da capital federal precisam aderir ao modelo. Outras 38 já o haviam adotado até o fim do ano passado.

O prazo para as escolas que ainda não fizeram a transição termina este ano, conforme determina o Plano Distrital de Educação (PDE), aprovado em 2014 pela Câmara Legislativa do DF, no primeiro semestre da gestão de Rodrigo Rollemberg (PSB). As discussões sobre a implantação do sistema começaram ainda em 2011 e, dois anos depois, as primeiras escolas adotaram o modelo.
As disciplinas serão divididas em dois blocos, predefinidos pela secretaria. O primeiro é composto por história, filosofia, biologia, química e inglês. O segundo, por geografia, sociologia, física, artes, espanhol e parte diversificada (PD). No primeiro, entra ainda a de ensino religioso, optativa - caso não haja alunos matriculados, a disciplina é substituída por PD, com outro tema.

Melhoria nos índices

Essa é uma das apostas da secretaria para melhorar os índices de aprendizagem no DF. Dados do Censo Escolar de 2011 a 2016, analisados pela pasta, mostram que a taxa de aprovação nas escolas que adotaram o sistema passou de 64% para 76%. O subsecretário de Educação Básica, Daniel Crepaldi, ressalta que, tanto professores quanto gestores, passaram por formação a respeito do novo modelo. Ele garante que todas as regionais de ensino estão preparadas para auxiliar nas mudanças.
;Sempre fui contra a implantação. Talvez seja bom para professores, mas, para os alunos, acho péssimo. Se o sistema fosse bom, todas as escolas privadas estariam utilizando;, opina Luis Claudio Megiorin, presidente da Associação de Pais e Alunos das Instituições de Ensino do Distrito Federal (Aspa-DF). Para ele, o contato com o conteúdo deve ser diário. ;Talvez funcione melhor quando houver a reforma do ensino médio, porque aí teremos disciplinas em bloco;, avalia.

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